"Século XVIII" O funeral

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- Tenha calma Carol, vamos organizar o funeral, diz Luck se aproximando de mim, abraço meu irmão incrédula no que está acontecendo, a dor no meu peito é intensa, angustia e o desespero toma conta de mim feito um trem desgovernado

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- Tenha calma Carol, vamos organizar o funeral, diz Luck se aproximando de mim, abraço meu irmão incrédula no que está acontecendo, a dor no meu peito é intensa, angustia e o desespero toma conta de mim feito um trem desgovernado. Entre soluços falo baixinho no ouvido de Luck:

- Ele tem um filho e eu nem sei quem é a mãe dele.

- Eu sei, minha irmã, ele estava prevendo algo e me contou, que você poderia assumir como esposa o lugar dele, até o herdeiro completar dezoito anos.

- Ele te falou quem é a mãe do menino.

- Sim.

- Quem é ela? Quem é essa criança?

- Depois do funeral o advogado abrirá o testamento e tudo será revelado, pois só assim você poderá assumir. Minha irmã esqueça esse assunto, não comente nem com nossa mãe, ela não é confiável.

- Apenas concordo, se eu não confiar no meu irmão em quem vou poder acreditar.

Com toda certeza foi o pior dia da minha vida, durante todo o tempo muitas pessoas me cumprimentaram e me diziam muitas palavras de consolo. O que mais observei pelos cantos foi gente cochichando, olhavam para mim e em seguida para o caixão no centro da sala, minha vontade era de mandar todos embora, mas sei que isso não seria elegante de minha parte. Marlon passou a noite articulando, com os outros membros da corte, certos de que o pai de Julius estará de volta ao poder, esses cretinos nem imaginam que tem um herdeiro para assumir essa cadeira em dezesseis anos e por esse motivo ela não volta para seu pai. Eu sei que o mandante do assassinato está nessa sala, mas quem é? Esses pensamentos me assustam, mas eu não posso fraquejar, tenho que ser forte, e dar continuidade a esse trabalho maravilhoso que meu marido fazia. Espero que Julius de onde esteja possa me proteger dessa gente.

- Já passava das duas horas da manhã quando uma pessoa me chamou a atenção, ela era uma senhora aparentando uns cinquenta anos, elegante mas muito simples e simpática, ela me cumprimentou com as formais condolências, me abraçou forte, um abraço gostoso, forte e sincero, durante o tempo em que estávamos abraçadas ela me falou no ouvido:

- Filha, não tem nenhuma palavra que possa amenizar o que você está sentindo, eu sei que essa dor tem o poder arrasar sua alma e só o tempo vai te ensinar a conviver com ela, é só o que te resta minha filha, aprender a conviver com essa dor, pois ela não vai te deixar em paz nenhum dia de sua vida.

Em seguida ela me solta de seu abraço carinhoso e se afasta, poucos instantes depois não avisto mais ela na sala e ninguém soube me dizer quem era ela.

Sem esperar me deparo olhando para o teto da igreja, a o fundo ouso o reverendo fazendo algumas citações bíblicas e se referindo a Julius como uma pessoa que fara muita falta em nosso meio, por suas obras, sua vida dedicada ao trabalho e principalmente de seu ato heroico em defender o povo e exigir que as pessoas mais humildes tenham uma vida digna. Falou do nosso recente casamento que ele realizou nessa mesma capela, essas palavras me dilacerava por dentro, me atingiam como fortes punhaladas.

O Criador de CavalosOnde histórias criam vida. Descubra agora