Um livro, duas histórias intercaladas: July é uma romântica incurável que mora em um grande centro comercial, por uma fatalidade do destino ela é obrigada a passar alguns dias com a mãe em um cidadezinha do interior, nesse cenário divino ela encontr...
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- Calma, meu anjo eu estou aqui, não chore, eu estou aqui.
Acordo num sobressalto e pulo na cama toda desajeitada, Theo está me olhando incrédulo no que está acontecendo.
- O que aconteceu? Ouvi seus gritos e vim correndo ver.
- Foi um sonho... Aquele sonho. Espero que Dora possa me ajudar a entende-los.
- Sim minha bela, Dora vai te ajudar, ela sempre sabe o que dizer. Ele para um pouco, fica me olhando estático e comenta.
- Eu te amo minha bela.
Após Theo repetir exatamente a mesma frase que Julius falou antes de partir, fiquei ainda mais apavorada, me pergunto incrédula.
- Será um aviso?
- Será que vou ficar viúva de novo?
- Quem é minha alma gêmea?
Pensando pelo lado profissional, minha alma gêmea seria Joe "O criador de cavalos", Olhando o lado sentimental "Sintonia" Julius é com certeza minha outra metade e ele me deixou muito cedo. Não consigo me controlar, o pânico toma conta de mim e choro muito, ele tenta me acalmar, mais é inútil, logo aparece Cesar na porta, todo desconfiado, perguntando se preciso de alguma coisa, Theo pede para ele trazer agua com açúcar.
- Theo você não pode me deixar, você tem que ficar ao meu lado.
- July, calma... Ei calma minha bela, claro que eu não vou te deixar, de onde você tirou essa ideia.
Nesse momento Cesar me entrega um copo de agua, e pergunta se eu preciso ir ao médico, o hospital fica a pouco mais de meia hora daqui. Theo não pode se expor pela baixa imunidade, mas eu te levo e fico lá com você o tempo que for preciso, e se for necessário vou buscar sua mãe.
Fasso sinal que não com a cabeça, e digo:
- Foi só um pesadelo, eu estou bem.
O celular de Theo toca, é o Dr. Alex, Theo vai até o corredor atender.
Cesar senta na cama me abraça e diz baixinho:
- Você sonhou que Theo tinha partido?
Fasso que sim com a cabeça, enxugando o nariz com as costas da mão. Ele tira um lenço do bolso me entrega e continua falando:
- Eu também tenho esses sonhos, tento me acalmar e peço a Deus para não tirar meu filho de mim.
Quando ele volta para o quarto, nós estamos conversando, estou mais calma, tenho que parecer bem, não posso deixa-lo aflito.
Cesar sai do quarto eu me aninho no colo de Theo, meia desajeitada, por causa da barriga enorme.
- Está na hora de separa vocês duas, para que eu possa pegar uma de cada vez no colo.
