Um livro, duas histórias intercaladas: July é uma romântica incurável que mora em um grande centro comercial, por uma fatalidade do destino ela é obrigada a passar alguns dias com a mãe em um cidadezinha do interior, nesse cenário divino ela encontr...
Tento me manter tranquila, repouso bastante e aproveito para ler um livro que eu havia começado já faz um tempo. A leitura me acalma, me faz relaxar e assim me sinto mais forte para ajudar o Theo nessa fase tão difícil de sua vida.
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Quando volto até seu quarto no dia seguinte, observo que ele está com uma aparência mais tranquila.
Fazem onze dias que ele está em coma, mas agora está respirando sozinho e dessa vez posso dar um selinho. Nesse momento ele mexe sutilmente a mão e a cabeça. Pequenos movimentos, que são tão significantes. Fico me perguntando:
- Porque não temos o habito de valorizar as pequenas coisas em nosso cotidiano. Pequenas coisas que hoje são tão grandes.
- Oi como você está? Pergunta Theo quase em um sussurro.
Meu coração parece que vai sair pela boca, chego perto da cama olho em seus olhos entreaberto, com um sorriso forçado no rosto.
- Bem melhor agora que você acordou. Não me contenho e dou um beijo um pouco mais entusiasmado, pegando-o de surpresa e seu sorriso se alarga um pouco.
- Estava com saudade. Diz ele bem baixinho, coloco um sorriso largo no rosto e dou um abraço daqueles que dispensam palavras.
- CUIDADO. Diz Dr. Alex entrando no quarto.
- Encontrou a surpresa? Nosso belo adormecido acordou essa madrugada, a enfermeira acordou o andar todo para contar a novidade. Diz o médico
- Eu só chamei ela para me ajudar a levantar e de repente ela sai gritando, fiquei assustado diz Theo rindo da situação.
- É que a sua história chamou a atenção do hospital todo, meu jovem você sofreu um acidente e por sorte saiu vivo, tem um ferimento na cocha esquerda pelo qual perdeu muito sangue, teve duas paradas e surpreendentemente voltou, só por esses detalhes você é um cara muito famoso aqui no hospital. Sem contar que as funcionárias do hospital te chamam de "O Belo adormecido". Essa última parte acho um exagero. Fala Dr. Alex fazendo a história se tornar engraçada.
Theo solta um sorriso discreto, pega minha mão, dá um suave beijo e pergunta:
- E você? Como você está?
- Tirando o foto de estar com um dreno no pulmão, que estou cheia de hematomas não posso nem pensarem tirar a roupa e ficar sabendo que estão te chamando de Belo adormecido,estou ótima. Respondo enquanto beijo a ponta de seu nariz.
- Seu pulmão? é algo grave?
- Uma das minhas costelas quebradas perfurou o pulmão, acho que vou ganhar alta em alguns dias, dei mais sorte que você.
Nesse momento entra a enfermeira Kate no quarto e diz:
- Sem namoricos, os pombinhos vão ter que esperar a alta para namorar.
