Um livro, duas histórias intercaladas: July é uma romântica incurável que mora em um grande centro comercial, por uma fatalidade do destino ela é obrigada a passar alguns dias com a mãe em um cidadezinha do interior, nesse cenário divino ela encontr...
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- Querida o jantar.
Meu pai me acorda, em minha frente um imenso prato se sopa, ela está cheirosa, tem pedaços de frango, igualzinha à que a vovó fazia. Fiquei imóvel diante do prato de sopa em minha mente surgiam senas de minha vida, a vovó, o vovô, meu irmãozinho ainda bebê em meu colo, a cena de Theo vomitando e desmaiando no hospital.
- Filha você está se sentindo bem?
Pergunta meu pai apavorado.
- Sim papai, estou bem. Respondo ainda no modo automático.
Como lentamente minha canja, saboreando cada colherada, cada colherada tem sabor de infância, sabor de saudade.
- Vamos descansar minha filha, pois amanhã nossa Luna não vai te dar descanso. Diz meu pai sorrindo para mim.
Meu Deus, o que seria da minha vida sem meu pai. Penso olhando seus olhos verdes arregalados, enquanto ele me aconchega e me abraça, um abraço que parece ser um manto de proteção. Durmo com o calor de seu peito e ouvindo as batidas de seu coração.
Quando acordo sinto o calor de uma mão masculina segurando a minha, ainda com preguiça me viro de lado toda desajeitada com esse barrigão enorme e levo um susto, não é meu pai que está segurando minha mão, é Theo me fuzilando com aqueles olhos azuis extraordinariamente lindos, com um sorriso sutil comenta:
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- Bom dia meninas da minha vida.
- Theo. O que você está fazendo aqui? Você não deveria estar no hospital cuidando de sua saúde?
Ele abre ainda mais o sorriso e responde.
- Eu também te amo e também estava morrendo de saudade.
Fico sem jeito, mas esperando ansiosa pela resposta das minhas perguntas.
- Não se preocupe comigo, minha medula está reagindo de acordo com o previsto, minha ida para o interior foi um gás que eu precisava. Amanhã à tarde Dr° Alex estará me esperando no consultório dele com os exames.
Logo entra a enfermeira e diz:
- Vamos tomar banho e se preparar para a cesariana.
O quarto enche de gente, papai, mamãe, Cesar e Dora. Olho ela surpresa e digo:
- Surpresa agradável, te ver aqui.
Ela abraça Theo e fala:
- Não perderia o nascimento de minha neta por nada, eu te falei que a vida me deu Theo como filho, então você tem duas sogras.
Me deparo olhando o teto do centro cirúrgico, imaginando como será minha vida de hoje em diante, peço muito aos céus para não levarem Theo, para que ele possa me ajudar a cuidar da pequenina Luna Stella, que vem por ai.
Nesse instante entra Theo de máscara e com a roupa igual dos médicos e enfermeiras, só reconheço ele pelos olhos. Eu seria capaz de reconhecer esses olhos em meio a uma multidão.
A enfermeira pede para que ele sente em uma banqueta ao meu lado, a anestesia começa a fazer efeito, minhas pernas vão adormecendo, sinto uma sonolência estranha, vou apagando bem devagar, aperto forte a mão de Theo e caio num sono tranquilo.