Underwater

Caótica

Decidir entre o certo e o errado deveria ser mais fácil depois de tantos anos, porém para Caitlin ainda era algo totalmente caótico. Havia passado os últimos dois dias contando sua história a todos a sua volta, a mesma que havia dito aos polícias, a mesma que havia dito aos amigos, mas aquela não era toda a história.

Ficar não parecia mais uma opção, mesmo que desejasse que Luke se aproximasse do pai. Ficar em Central City lhe parecia uma desagrado, encarar todos como se os últimos dois anos fossem apenas uma história mal contada era um tanto ridículo. Seu real desejo era poder voltar no tempo e mudar a situação. Mas não podia, não devia.

Havia prometido a Savitar que nunca tentaria nada que colocasse a vida de Luke em perigo. Ele havia feito-a prometer isso e ela, achando que o filho estava seguro, havia acatado a promessa. Estranhamente, por um tempo, bem pouco tempo, Savitar havia sido um pai melhor do que Barry.

-A polícia ainda não tem nenhuma informação sobre Amunet ou Luke, mas não se preocupe vamos acha-lo. - Joe disse colocando a mão sobre o ombro dela. Caitlin o encarou tentando decifrar o que se passava na cabeça do velho policial.

-Ele é um bom garoto. - falou. - Luke é um bom garoto, Joe.

-Eu sei Caitlin.

-Não é culpa dele, é minha. Não devia ter deixado-o longe de Barry, longe de todos. Luke merecia mais do que isso. - se lastimou sentindo a angústia lhe apertar o estômago.

-Você fez o que achou melhor. Pais erram Caitlin, você sabe que eu errei com Iris e com Wally muitas vezes. E estou tentando não errar com este bebê, mas sei que vou acabar fazendo isso. Pois não somos perfeitos, nunca seremos. - ele disse, o tom tranquilo tentava lhe passar calma. Caitlin suspirou. - Já comeu alguma coisa hoje?

-Não, estava conversando com Iris e acabei perdendo a fome. - revelou. Joe assentiu.

-Venha, eu lhe pago algo no Jitters. Você tem que ter forças para aguentar. Luke logo estará aqui. Eu prometo.

Caitlin se perguntava quando as pessoas iam entender que promessas já não valiam nada. Ela vivia cercada de promessas vazias.