CAPÍTULO 5 - Olhos Dourados

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Capitão Zennor

Seguimos a viagem no trem, demoraria cerca de 12 horas para chegamos ao Castelo. Já se passaram aproximadamente 3 horas de viagem, tudo está ocorrendo como previsto, a prisioneira ainda está desmaiada, o que é estranho, por isso checo sua respiração e sua batimentos de hora em hora, afinal, ela morta não serviria para o príncipe.

Como está tudo indo bem me permito dormir um pouco, então deixo a escuridão me levar. Nunca tive muito sonhos, eu realmente só apagava, era á escuridão do sono do começo ao fim, mas agora em meio essa escuridão me sinto vigiado por um par gigantes de olhos dourados, eles me penetram me fuzilam, fico enfeitiçado por eles, meu sonho se resume a esses olhos olhando para o meu ser, minha alma.

De repente sou acordado por um barulho irritante, olho para meu lado e vejo que a assassina treme mais que vara verde, e também está molhada de suor, o estranho é que essa região é extremamente fria, então já deduzo que ela está passando muito mal.

Me inclino para verificar a sua temperatura, e ao encostar minha mão em seu rosto, sinto um choque, uma sensação inexplicável, algo que não podia ser bom, e atribuo essa sensação para o fato de estar tocando em um assassina. Constato que ela está queimando em febre,

- Soldados! - pronuncio em tom de comando os chamando a atenção - iremos descer em Belvale, a prisioneira está queimando em febre e não aguentará o restante da viagem neste estado, Se preparem pois é a próxima Estação!

- Sim senhor!- respondem em uníssono

Em Belvale existe uma província com excelentes curandeiros, irei levá-la até lá, pois morta ela não tem utilidade ao rei. Retiro meu manto e jogo em cima de seu corpo franzino, afim de esquenta-lá até lá, porém fico atento a sua febre para não aumentar.

Chegando em Belvale, a carrego nos braços até a casa do curandeiro, sentindo novamente a sensação de choque em nossas peles.
Explico toda a situação para o curandeiro, omitindo somente a parte de se tratar da assassina de Erisan.

- Está jovem está muito mal Sr. Capitão, apesar de meus cuidados, não é recomendável que ela prossiga viagem hoje, disponibilizo a minha humilde casa, para abrigar vocês durante essa noite, possibilitando assim o descanso dos senhores.- O curandeiro disse

- Tudo bem, agradeço a a hospitalidade, saiba que será recompensado por isso!

O curandeiro começa a cuidar da Assassina, ela recebe vários remédios, chás e tem toalhas frias espalhadas pelo corpo, o curandeiro também pediu ajuda a sua esposa, a mesma banhou a Prisioneira, e lhe emprestou algumas roupas. Durante tudo isso, a assassina seguia desacordada ou delirando. Não oferecia perigo algum. Por isso resolvi relaxar um pouco.

Já era noite quando a febre abaixará, e os tremores dela cessaram, estava dormindo em uma cama consideravelmente confortável, havia se alimentado, suas bochechas e lábios estavam mais corados, parecia que a vida havia voltado para o seu corpo.

Devido a sua melhora, permaneci no mesmo quarto que a assassina, temia que tentasse alguma coisa. Porém a noite se seguiu tranquila, e algumas vezes me peguei a observando dormir, imaginando como aquele ser matava pessoas friamente. Pois dormindo assim, parecia até um anjo, mas me recordo que seria então um anjo da morte.

A Assassina De Erisan (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora