CAPÍTULO 14 - Cuidarei de Você

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>>SEM REVISÃO <<
Olá meus amores, tudo bem? Tinha desanimado de continuar esse Livro, PORÉM, tenho alguns capítulos  guardados dele, vou ir postando, se vocês GOSTAREM Eu continuo❤😘

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Arealin

Tudo dói, cabeça, braços, pés, costas... há costas, como doem... mas não me dou o luxo de reclamar, já passei por coisas muito piores.

Tenho certeza que sai daquela sala de tortura desacordada, a última coisa que lembro-me é o olhar de preocupação de Tairos sob mim... hipócrita... é igual ao pai, tenho certeza.

Sinto que estou deitada sobre algo muito confortável, tiveram dó de mim ao ponto de me concederem uma cama... impressionante.

Tento abrir os olhos e me acostumar com a luminosidade:

- Como se sente? - ouça distânte de meus pensamentos, uma voz famíliar... Zennor...

Minha vista se perde pelo quarto luxuoso, que deveria ser destinado a algum hospede real.

- Arealin me responda!!! Como se sente? - escuto a voz impaciente

Viro rosto em direção à ele, e vejo Zennor, sua farda está amassada, seu manto está jogando na poltrona, seu cabelo possui uma pequena desordem.

- Melhor que você Capitão! - minha voz sai falha, não passa de um sussurro, mesmo assim dou um sorriso levemente irônico.

Ele se aproxima da cama

- Os curandeiros já trataram de suas feridas, só necessitará passar essa pomadas 3 vezes ao dia, nas costas. - diz em um tom aparentemente gentil... estranho

- Quanto tempo eu dormi?

- 3 dias... Suponho que esteja com fome!

- Supôs certo, o que tem no cardápio? - digo tentando me encostar na cama, mas a dor nas costas é absurda, e acabo gemendo.

- Ei, Ei, não se esforce muito, vai com calma assassina - diz apoiando o joelho na cama e me ajudando a sentar.

Olho no fundo de seus olhos e percebo que estamos a alguns centímetros de distância, sua expressão é índecifravel. Quando Zennor percebe nossa proximidade, se afasta abruptamente.

- Vou pegar comida para você, me aguarde alguns instantes... Não faça nada que se arrependa depois, temos 4 guardas na porta! - vira e sai do quarto pisando firme.

Após sua partida, penso nos últimos acontecimentos, quando estava na sala do trono, e recusei a ajoelhar-me, Zennor me avisou que isso podia acontecer, me sugeriu que obedecesse o Rei para não sofrer depois.

Lembro também de seu olhar direcionadado a mim na sala de interrogatório, pode ser coisa da minha cabeça, mas percebi sua aflição de ver tudo aquilo.

Estranho... prefiro parar de pensar nessas coisas e elaborar um plano de fuga logo...

10 minutos depois

Ouço batidas na porta:

- Entre... que demora Zennor, por acaso você é o cozinheiro do Castelo também? - Digo sem olha-lo

- Zennor não vira - escuto uma voz não muito estranha, mas não era o capitão.

E sim o Príncipe... droga!!!

- O que quer ? - digo furiosa tentando me levantar

- Não, não, por favor, não levante, estou aqui em paz - olho para suas mãos e vejo uma bandeja de comida muita apetitosa

- Veio conferir o estrago que fez? Se orgulha? - uso o meu tom sombrio

- NUNCA - proclama, parece estar transtornado... - Arealin, eu realmente não queria que isso acontecesse - mentiroso

Quando percebo ele já está ao pé da minha cama, deposita a bandeja ao lado, e se senta na ponta, perto de meus pés.

- Não tem medo de mim majestade? - sei que meus olhos expressão uma áurea negra e perversa

- Tenho, mas não agora!

- Por que "não agora"? - estou realmente curiosa pela resposta

- Porque minha prioridade agora é cuidar de você, e para isso não posso ter medo.

Fico sem reação, devo ter escutado errado, minha cara de espanto deve ser nítida.

- CUIDAR? - me estresso - Você não cuida nem dos inocentes dessa terra, irá cuidar de mim? Me poupe "majestade" - dou ênfase ao majestade

- Não irá me irritar, estou obstinado a cuidar de você... queira ou não.

- Porque?

- Não sei, só acho que seja o certo - Ele parece realmente sincero

- Cade o Zennor?

- Já se tratam pelo primeiro nome é? Curioso...

- RESPONDA!!!

- Eu o dispensei para descanso, ele passou os 3 dias aqui nesse quarto, foi justo!

Zennor ficou os 3 dias comigo? Isso explica seu estado, ficaria feliz se essa não fosse sua obrigação: cuidar da Assassina de Erisan.

- É como pretende "cuidar" me mim alteza? - tenho ciência que não estou habilitada para uma luta, então resolvi entrar no seu jogo.

- Primeiramente irei te alimentar, depois farei os cuidados diários com suas feridas.

- Nem em seus mais devassos sonhos, irá tocar em mim e em minhas feridas, temo que seu toque as infeccionem, é muita sujeira escondida nessa coroa.

O príncipe me ignora e pega a bandeja de comida e senta-se novamente na cama, só que agora mais perto de meu rosto.

- O quer de mim Alteza? Que eu mate seus inimigos? Que eu aniquile toda Erisan ? - estou realmente furiosa com sua proximidade.

- Quero lhe dar essa sopa antes que esfrie! - vejo traços de humor

Tairos pega a primeira colherada de sopa, e vem em direção à minha boca, viro o rosto como uma criança fazendo birra

- Não precisa fazer nada por mim!!!

- Realmente... mas eu Quero, então vamos acabar com essa sopa antes que esfrie.

Como a fome fala mais alto, resolvo aceitar seu gesto de me dar comida, afinal, meus braços e dedos doem....

É uma cena deplorável, humilhante, nunca pensei em me ver recebendo comida na boca por um princípe. Acho que depois de hoje, nada mais me surpreende.

- Sabe que se tivesse minhas forças, afogava você nesse prato de sopa quente, não sabe? - dou o meu sorriso de Jack o Estripador.

- Sei... pretendo acabar logo com ela, para evitar esse trágico incidente, vamos abra a boca!

A Assassina De Erisan (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora