Capítulo SEM REVISÃO
Boa Leitura
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ArealinÓdio
Raiva
Despreso
Era o que eu sentia pelo príncipe e todos os membros da realeza, eles já me destruíram uma vez, Simon me contou o que ocorreu no dia que me encontrou na floresta, ele me disse que a Vila onde morava foi invadida por soldados a mando do rei, eles entraram em minha casa e mataram meus tios.
Minha única família.
Eles sofreram com uma morte lenta e cruel, primeiro foram torturados, tiveram todos os dedos das mãos arrancados ainda em vida, depois cortaram-lhe as orelhas e línguas.
Isso não é mentira
Observava escondida no armário da sala, eu me lembro de algumas coisas... vários homens de farda preta adentraram minha casa, começaram a questionar meus tios, eles estavam em busca de algo. Reviraram toda a casa e espancaram minha tia Areta e meu tio Dalsion.
Os homens não eram normais, suas íris estavam vermelhas como fogo, não soube identificar se eles realmente eram soldados do rei, mas Simon me afirmou que sim.
Ainda lembro dos gritos deles
Minhas memórias são confusas, mas lembro do medo que senti, e da covarde que fui ao ter fugido.
Eu tinha apenas 5 anos, mas mesmo assim me culpo por não ter ficado com eles até o fim. Minha última memória foi a de ouvir gritos dos meus tios, enquanto corria em direção a floresta.
Quem fez aquilo irá me pagar caro... o Rei irá se arrepender do dia que assumiu o trono.
...
Estou perdida em minhas memórias no quarto, minhas costas ainda doem, e a fragilidade que isso me proporciona me desestabiliza um pouco emocionalmente.
Não poço fraquejar, tenho que ser forte para destroçar meus inimigos.
Resolvo levantar da cama para alongar um pouco as pernas, é difícil andar, mas não é impossível, ando pelo quarto me apoiando nos móveis quando a porta abre... reconheço Zennor.
- O que está fazendo? - indaga com incredulidade, se aproximando de mim.
- Andando, está cego? - digo ríspida
- Deveria repousar, não está recuperada totalmente ainda! - Ele me estande a mão para ajudar a me firmar - Volte e deite - ordena
Começo a gargalhar:
- A hipocrisia neste Castelo não tem limites - afirmo
- Como? - Percebo que sua feição muda para a seriedade e fúria.
- Você e sua majestade, fingem uma certa "preocupação", é hilário, deveriam ser atores - continuo a gargalhar
- Não sei do que está falando - Ele se aproxima mais ainda, estamos a centímetros de distância, Zennor me encara com uma expressão indecifrável - Só estou seguindo ordens, não me preocuparia com alguém como você! - senti o despreso em sua voz - Uma assassina!
Aquilo me desconcertou um pouco
- Você mata por dinheiro, sinto nojo disso - ele continua - É a raça mais asquerosa que existe!!!
- O sentimento é mútuo - digo olhando no fundo de seus olhos.
Estamos ofegantes devido a raiva, sinto sua respiração em minha face, Zennor tem cerca de 1.85 eu apenas 1.64, mas isso não é impedimento para que eu o ataque.
Como ele pode desprezar a mim?
Ele que serve cegamente a um Rei sem escrúpulos e cruel com inocentes, e eu que sou desprezível ?
Cega pelo o ódio e injustiça, esqueço a dor e o ataco.
Aproveito a proximidade e lhe desfiro uma cabeçada em seu queixo, ele cambaleia para trás e dou um soco em seu maxilar rapidamente, em seguida giro sobre meus calcanhares e lhe acerto um chute no meio de seu peitoral, tudo extremamente rapido.
Devido a tortura recente, e o esforço para desferir os golpes, sinto fortes dores nas pernas e costas, e uma tontura que me faz cair de joelhos, vejo Zennor se recuperar dos golpes e o vejo vir em minha direção, me preparo para ser derrotada, mas ele não o faz, o capitão me ergue do chão, e me leva á cama. Ele demonstrou piedade, o que me fez odiá-lo ainda mais.
- Me mate agora, se não irei mata-lo depois - pronúncio fraca ainda em seus braços.
- Se eu à matar estarei sendo igual você, eu não quero isso para mim - diz incrivelmente calmo
Ele me repousa na cama, pega alguns comprimidos na pequena cômoda.
- Engula, irá ajudar nas dores... o rei quer vê-la amanhã, esteja preparada - pego os comprimidos de sua mão e levo a boca - E não me ataque novamente, não irei lhe matar, mais existem coisas piores que a morte.
O encaro surpresa, ele dá um leve sorriso cínico e se retira do quarto lentamente.
Minha estadia neste Castelo será interessante...
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A Assassina De Erisan (PAUSADO)
RomanceArealin é uma assassina de 19 anos, cruel e sanguinária. Sua atenção é voltada a toda realeza. Quando criança, teve sua casa invadida por pessoas estranhas. Mataram seus tios, a única família que tinha. Por obra do perverso destino, ela, sozinha e p...