CAPITULO 23 - O Ataque

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Capítulo não revisado, poderá conter erros gramaticais.
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Arealin

Não consigo pensar, na verdade não tenho concentração para tal. Tentei repassar os meios mais viáveis para assassinar o primeiro da lista. Mas não adianta, o grandioso Rei me passou apenas um nome. Creio que sua intenção era encaminhar mais informações depois daquela reunião. Mas esse pequeno castigo de três dias desviou sua atenção, suponho.

Já se passaram 12 horas desde que fui largada aqui. Aliás, saber o horário sem relógio poderia ser meu dom, mas não, digamos que passar anos em Elcralion te faz aprimorar suas estatísticas, afinal, o que mais fazer, a não ser ver o tempo passar.

A fome e o frio me fazem companhia. Errei ao me acostumar com as guloseimas que me foram servidas, e as cobertas quentinhas do quarto em que dormi até ontem.

O ambiente é bem escuro, e a única luz se da ao fim do corredor, proveniente de uma tocha à gás.

Minha barriga ronca e todo meu corpo se estremesse. Respiro fundo e tento focar em outras questões, já que o assassinato ainda não será possível.

Chego na conclusão que preciso de alguém para espiar os assuntos que circulam no castelo. Um aliado indireto, que não saiba minhas intenções, mas seja capaz de passar as informações de modo inocente. Isso quer dizer que necessito fazer amizades, ou até um amante, porque não?

Os anos que fiquei presa me deixaram desatualizada sobre o reino, e esse é o primeiro passo, conhecer o seu inimigo para depois atacar.

Para isso não posso utilizar qualquer pessoa, tem que ser alguém que consiga perambular nos lugares certos, estar nas reuniões e encontros do Rei. Zennor seria perfeito, mas ele ainda não está pronto.

Passo mais algumas horas desenterrando na memória os rostos que vi em minha estadia. Me recordo de um individuo quê sempre esta com o rei. Não sei seu nome, nem função. Ele não usa os trajes da realeza, e não tem o mesmo porte de Zennor para ser um soldado. É alto, porém esguio.

Assim que sair daqui, darei um jeito de encontrá-lo e induzi-lo indiretamente. Espero que ele seja o que eu preciso.

                            ~~*~~*~~

Dois dias depois...

Já me acostumei com os tremores, minha respiração não passa de breves arfadas. O frio chegou a um nível que não sinto mais nada. Exceto as dores por todo o corpo devido ao chão de pedra.

Apesar de tudo isso, não estou nem um pouco desesperada, já passei por coisas piores, sei dos meus limites e essa situação não chegou nem perto deles.

Sei que em poucas horas terminará essa pequena tortura. Só forço meu corpo a permanecer consciente.

Escuto passos ecoando do corredor a frente da minha cela. Logicamente é Zennor ou Tairos, entretando, para mim tanto faz. Minha paciência está mínima para qualquer um dos dois.

Tento focar minha visão embaçada. Então vossa majestade, príncipe da burrice, aparece em minha frente, ele me olha fixamente através das grades.

Desconsidero todo o desconforto, e reuno as minhas forças restantes para levantar. As pernas quase fraquejaram, mas meu auto-controle permanece intacto. Com muito orgulho fico de pé e o encaro de queixo erguido.

Não posso permitir que ache que sua sentença me abalou.

- Como vai, Majestade? - rezo para que minha voz continue firme.

A Assassina De Erisan (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora