Capitão Zennor
Pedi para meu soldado mais novo ir preparar a Assassina, não estava afim de ver aqueles olhos, eles me incomodavam.
Darius é um bom soldado, apesar da pouca idade, é muito astuto e inteligente. Na sua adolescência foi rebelde, não respeitava seus pais, faltava na escola e quando ia respondia seus mestres e ficava de castigo, seus pais até já o pegaram batendo em um cachorro de rua.
Ele realmente era uma criança de dar calafrios, parecia que ele gostava de desafiar o que era perigoso, suas peripécias eram extremamente agressivas.
Porém Darius cresceu, e após apanhar muito de seus pais, tinha tomado um rumo na vida, foi obrigado a entrar na guarda real aos 17 anos para ver se tomava jeito, e por incrível que pareça nesses 5 anos de Soldado, nunca me deu problemas, sempre acatou minhas ordens, então não tenho o que reclamar.
Estou passando as últimas ordens para os outros soldados, quando o curandeiro que nos ajudou, vem correndo gritando por mim. Não entendo o que está acontecendo, mas até imagino que assassina aprontou alguma coisa com Darius. Se ela ferir algum de meus soldados tentando fugir, ela pagará muito caro.
Vou de encontro ao curandeiro, o mesmo se enrola nas palavras e não entendo bulhufas:
- Se.. se. Senhor Capitão!!! - o homem praticamente grita
- Diga homem, o que aconteceu? - perguntou calmamente, para passar tranquilidade a ele.
- É a prisioneira se... Senhor ela...
Nem o deixo completar a frase, saio em disparada à casa do curandeiro. Não quero nem pensar no que essa Assassina aprontou, na minha cabeça já passa formas de puni-lá.
Quando vou chegando perto do quarto, ouço Darius xingar, mas também escudo a prisioneira chorar, e clamar por socorro. Não consigo mais imaginar o que poderia estar acontecendo, mas o barulho que ela faz ao chorar e algo desesperador, é como se as lágrimas fossem seu pedido de socorro.
Ao abrir a porta do quarto violentamente, vejo uma cena que nunca imaginaria, fiquei sem reação por exatos três segundos.
Vi a prisioneira acuada no canto do quarto, chorava e soluçava desesperadamente, seu rosto esta marcado por um hematoma enorme, em sua boca há sangue, sua respiração está falha, e seu olhar está perdido e assustado, mas também a faíscas de fúria reprimida ali.
Ela está presa com os grilhões que eu mesmo mandei colocar, sua roupa estava rasgada na região dos seios, os deixando parcialmente visíveis.
Por mais insano que pareça, meu coração se apertou ao vê-la assim, nao importava se era uma assassina ou Prisioneira, naquele momento, tudo que via era uma menina acuada, sem possibilidade de defesa, mas que apesar de tudo ainda tinha Fúria nos olhos e vontade de lutar.
Avistei Darius sangrando gravemente no pescoço, mas sinceramente não me importei com seu estado, a única coisa que sentia por ele era raiva, e vontade de quebrar todos os seus ossos, principalmente das suas mãos por terem á tocado.
Nenhum dos dois perceberam minha presença na porta, tanto que Darius se voltou para cima dela, nesse momento perdi o controle novamente, pulei em cima dele, o arremessei para outro canto do quarto, o soquei inúmeras vezes, seu rosto já estava ficando desfigurado, fui interrompido por outros de meus soldados que me tiraram em cima dele. Não sei se pararia se não fosse por eles.
Me levanto, retomo minha postura, limpo minhas mãos nas calças:
- Tirem esse desgraçado da minha frente! - ordeno em um tom tão Sombrio, que nem eu mesmo reconheci minha voz - E que sirva de lição a Todos, caso eu pegue alguém fazendo algo parecido, ou se souber que estão simplesmente pensando na ideia, terão um destino pior que o dele. - agora o silêncio reinaria no quarto se não fosse a respiração pesada e o choro reprimido da prisioneira.
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A Assassina De Erisan (PAUSADO)
RomanceArealin é uma assassina de 19 anos, cruel e sanguinária. Sua atenção é voltada a toda realeza. Quando criança, teve sua casa invadida por pessoas estranhas. Mataram seus tios, a única família que tinha. Por obra do perverso destino, ela, sozinha e p...