Minha lossë

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🔥Raibyr narrando🔥

Fiquei aliviado quando soube que Aril estava bem, e na verdade quem tinha a puxado não iria nos fazer mal, embora a atitude deles não tenha sido das melhores pensadas. Inclusive, renderia uma dor de cabeça enorme para Nieven quando acordasse.

Ele chegou carregado ao vilarejo.

Soubemos que havia levado uma pancada na cabeça. Achei bem feito depois do que ele fez no meu rosto.
Não sou esse monstro que deseja o mal para as pessoas, mas antes de sentir pena eu tive que rir dele. Eu admiro o Nieven em algumas de suas atitudes, mas não quero dar motivos para que ele se gabe por aí, então...

Um duende chamado Zimmo, nos recebeu e explicou a situação. Ficamos meio ariscos, mas logo aceitamos que estava tudo bem. Ele nos levou até a casa de outro duende e pediu para que nos arrumássemos para uma festa de recepção. O dono da casa nos levou até um dos quartos, deu roupas limpas, toalhas, disse que a banheira já estava cheia e depois saiu.

- Ei - chamei Aril - Está tudo bem mesmo? - perguntei.

- Está sim - disse ela, acariciando meu rosto.

Puxei-a para mim pela mão que estava em meu rosto e a segurei pela cintura.

- Você me assustou...

- O quê? Raibyr, o elfo mais durão que conheço, se assustou? - zombou ela.

- É sério. Não sei o que faria se te perdesse - respondi.

Aril conseguia despertar o meu melhor lado, e todo meu amor para si.

- Ah meu amor, sinto muito por isso. Mas agora está tudo bem! - disse ela, abraçando-me  e depois voltando para olhar em meus olhos - E você ainda diz que não vale a pena ser otimis... - Colei meus lábios aos dela, antes que ela terminasse de dizer a palavra.

Nos beijamos lentamente. Ela acariciava meus cabelos e eu a puxava para cada vez mais perto de mim. Assim que paramos, ela me olhou nos olhos e disse:

- Eu te amo - e então beijou minha cicatriz no rosto. Ela sempre fazia isso. Era o jeito dela de dizer que não se importava com aquilo, embora eu me importasse.

- Eu te amo muito, Aril! - respondi sorrindo, e logo em seguida enchendo seu rosto de beijos.

Nos abraçamos de novo e ela disse que precisava de um banho. À soltei e joguei-me na cama, enquanto ela foi para o banheiro.

Aril demorou tanto, que eu já estava a ponto de cair no sono, quando ela saiu com a toalha enrolada no corpo e o cabelo molhado. Sentei na cama e fiquei a admirando. Logo, ela ficou corada.

- Vire-se, Raibyr! - advertiu-me.

- Por quê? - perguntei, fazendo-me de bobo.

Ela pegou um jarro de porcelana que estava na prateleira ao lado e ameaçou jogar em mim.

- Está bem, está bem! - respondi rindo, enquanto ficava de costas para ela.

    Assim que terminou de se vestir, ela disse que eu já podia me virar.

Levantei e comecei a tirar meus acessórios de luta, até sobrar só a camisa. Tirando-a em seguida. Quando me deparei com Aril parada olhando meu abdômen. Imediatamente seu rosto corou e ela se apressou em disfarçar.
Fui até ela rindo e apertei sua bochecha, depois segui para o banheiro.

     Voltando para o quarto, Aril estava cochilando na cama. Não demorei tanto assim, mas acho que ela estava cansada.
Me troquei e acordei-a para que pudéssemos ir.
Encontramos Esyae, Qildor e Pyrder de frente o salão. Entramos juntos.

As crônicas de Elenlindäle Onde histórias criam vida. Descubra agora