A sós

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🦋 Dyla narrando 🦋

Havia se passado quase três dias desde que Mordoc, e uma pequena parte da tropa, partiram para Brahas após a catástrofe da festa de noivado. Meriel e eu não nos falávamos desde então. Restávamos apenas eu, ela e os criados, naquele castelo enorme. E não havia muito o que fazer, já que eu havia pedido que cancelassem os treinos após constatar que a maioria dos soldados ou estavam hospitalizados, ou se recuperava em casa. Eu visitara alguns deles no dia anterior e notei que infelizmente alguns danos eram irreversíveis. Cegueira, amputação, perda de movimentos... Não digo infelizmente pela guerra, nem pelas ambições de Mordoc, mas sim por terem assumido uma causa que talvez não os interessasse realmente, em troca de perdas como essas.
Imaginei que aquela manhã seria como as anteriores: sentadas uma em cada ponta da mesa de jantar, eu ignoraria Meriel durante o café da manhã e logo depois tomaria um rumo diferente do dela - dentro do mesmo castelo - apenas para evitá-la. Porém não a encontrei na mesa.
Depois de esperar por um tempo, girando minha xícara de chá e fazendo a colher tilintar várias vezes, decidi ir até a biblioteca procurar algo para folhear.
Horas depois, eu estava jogada em uma poltrona, com um livro aberto apoiado em meu rosto. Minhas mãos estavam ocupadas tateando o colar com pingente de pedra que eu comprara outro dia - aquele que foi o símbolo do meu pedido de redenção e amizade para Esye e Aril. Muitas vezes no dia eu pensava nela, e me sentia mal por não ter usado meus poderes aquele dia, e por não poder usa-los agora para tentar sentir sua energia e saber se estava viva. Fiquei ali, perdida em pensamentos, aspirando sem querer a poeira das folhas ásperas daquela obra, até que precisei me apressar em tirá-lo do rosto para poder espirrar. Só então percebi que Meriel também estava na biblioteca.

- Espionando agora, Meriel? - desdenhei, me ajeitando na poltrona.

- Na verdade eu queria conversar. - confessou.

- Conversar? CONVERSAR? O mundo desaba, e a Meriel quer conversar. - falei, cruzando as pernas e apoiando as mãos nos joelhos, em deboche.

- Me desculpa está bem?! Eu errei, sei disso. Mas não acha que já basta de ficar pelos cantos me ignorando ? - questionou, vindo em direção à minha poltrona.

- E você quer que eu faça o quê? Te dê os parabéns pela sua atitude naquele dia? - rebati, fitando-a.

- Não tinha como eu saber que aquilo iria acontecer. Não tinha como ninguém saber. Fomos pegos de surpresa. E como eu disse ontem, essa era a única forma de eu conseguir passar por aquele dia. - repetiu, diminuindo o tom de voz ao fim da frase.

O silêncio tomou conta do ambiente por alguns instantes. Meriel se sentou no braço da poltrona, numa posição totalmente torta. Quando percebi que ela estava escorregando pelo couro, puxei-a em direção a mim, e ela acabou no meu colo.

- Você grita comigo, e depois me puxa para o seu colo. Como espera que eu te entenda, mulher? - brincou ela.

- Desculpa se fui muito dura com você. Estamos na mesma situação. Você sabe muito bem que eu me sinto tão mal quanto você sobre tudo isso. Acha que eu estava me divertindo ontem? Eu estava com um sentimento horrível naquela festa, porque sei que o casamento me espera muito brevemente. Escapei algumas vezes de lá e fiquei na beira do mar, tentando me consolar, mas não adiantou. Também estou preocupada com Aril. Então... é muito estresse para minha cabeça, mas me desculpa por descontar em você. - suspirei.

- Me perdoa por não estar lá ontem. Nós devíamos passar por isso juntas, mesmo com toda a dor. Além do mais, você tinha razão no que disse ontem, eu poderia ter ajudado muito mais se estivesse com vocês assim que Nalo apareceu... - concluiu cabisbaixa. Mas afinal, as coisas aconteceram e não havia mais o que fazer se não perdoar e esperar.

Segurei sei queixo, virando suavemente seu rosto em minha direção. Seus lábios eram como hipnose para os meus olhos.

- Está tudo bem. - cochichei, antes de dar um selinho em sua boca. Nos afastamos abrindo os olhos lentamente e encarando uma a outra. Vi a angústia em seus olhos se transformar em um brilho ternuroso.

- Senti falta disso. - disse ela, acariciando meu lábio inferior com o polegar. Logo sua mão subiu para meu maxilar, em seguida minha nuca, puxando-me para outro beijo. Dessa vez eu sentia sua língua macia percorrendo a minha, sem pressa alguma.

Minhas mãos percorriam o corpo de Dyla, tentando achar uma brecha nas roupas pra poder entrar, enquanto ela acariciava meus cabelos. À medida que nossos corpos começaram a esquentar, o beijo foi ficando cada vez mais intenso, até que senti um repuxão no meu corpo e logo em seguida me senti caindo em algo macio. Então abri os olhos e vi que eu estava na cama dela, no quarto dela. Ela havia nos teletransportado. Ouvi a porta sendo trancada e quando olhei em direção ao som, lá estava ela vindo em minha direção, desabotoando a camisa.

- Mas e os criados? E se ouvirem algo? - perguntei preocupada, sentando-me. Ela se ajoelhou na cama e colocou seu indicador na frente da minha boca, pedindo silêncio.

- Que ouçam, então! - declarou, quase gritando. - Deita aí, vou fazer uma massagem. Mas tira a roupa primeiro.

Ergui uma sobrancelha tentando enfatizar que aquilo não podia acabar bem.

- Você prefere que eu rasgue elas? - perguntou, sorrindo.

- Até parece... - debochei, antes de tirar meu vestido e roupas íntimas. Me deitei como ela pediu, colocando meu cabelo para o lado, deixando minha nuca à mostra. O quarto estava a meia luz, graças as cortinas que impediam o sol da manhã de entrar totalmente, e o travesseiro tinha o cheiro dela.

- Você é definitivamente linda de todos os ângulos. - disse Meriel, sentando-se na parte inferior das minhas costas e começando a massagear. Minutos depois, ela intercalava a massagem com beijos na parte superior das minhas costas, hora dando mordidas, hora dando lambidas pelo meu pescoço e ombros. Aquilo estava me deixando louca. Tive que me controlar para não gemer.

Meriel começou a descer, dando selinhos na linha da coluna. Quanto mais baixos, maior o arrepio que eu sentia. Minha respiração começou a oscilar. Assim que chegou na parte da minha bunda, ela deu um tapa que certamente ficaria marcado pelo resto do dia. Então ela segurou, da forma mais delicada possível, o interior das minhas coxas e fazendo um movimento que insinuava que eu as abrisse mais. Fiz isso, e ela foi dando leves chupões e mordidas nas minhas coxas, até chegar quase . Daí então parava e ia para a outra coxa fazer o mesmo, atiçando. Quanto mais próximas de onde eu queria que a boca dela chegasse, mais fortes ficavam as mordidas, até que eu comecei a ofegar, tentando evitar que um gemido escapasse.

- Se continuar segurando os gemidos, vou fazer você gritar. - alertou ela.

Continuei resistindo, até que ela passou a língua lentamente entre minhas pernas, me fazendo soltar um gemido longo.

- Assim é tortura, Meriel. - resmunguei. Ela soltou uma risada safada e então começou a beijar minha intimidade, gemendo e fazendo movimentos suaves com a língua. Não aguentei e cedi. Logo o quarto foi tomado pelos nossos gemidos e o chiado das minhas unhas no lençol. A tensão de vários dias sem foder nos fez explodir em tesão. Aquela provavelmente seria nossa última, nossa despedida, e faríamos ser inesquecível.

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Capítulo rapidex, elfos. Estou tentando fechar as brechas que abri anteriormente, e espero estar fazendo direito. Gostaram do capítulo?
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