Capítulo 19

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Como as gaivotas, eu também posso voar

Depois do almoço eu ajudei Jane com as louças

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Depois do almoço eu ajudei Jane com as louças. Eu estava tão focada secando, que nem percebi quando um mutirão chegou e se aglomerou na piscina. Jane me fez largar tudo e me juntar a eles, eu claro, não entrei na água. Mantive a máxima distância possível do Léo, qualquer hora ele reataria o assunto e eu não estava a fim de ter uma crise. Teve um momento que ele se aproximou disse;

– Esqueça aquilo, tá legal? Não voltarei a tocar no assunto até que se sinta a vontade pra falar por conta própria.

E eu concordei, afinal, não queria mesmo falar sobre. Mas eu não consegui me animar o bastante, dentro de mim começou uma inquietação. O Léo é incrível! É doce, amoroso e consegue tirar de nós uma gargalhada mesmo quando não queremos sorrir. Leonardo merece ser amado por alguém que seja reciproco a ele, e embora eu deseje estar com ele, desejo que isso não aconteça. Pelo menos não por agora. 

– Já desceu de tirolesa? – perguntou ao se reaproximar de mim.

– Hã...

– Você precisa descer. Sério, Líli, você vai adorar.

A euforia dele me fez segui-los meio excitante pela trilha de pedras, era um longo caminho e eles fizeram o contando histórias engraçadas, o que fez a caminhada ser prazerosa. Quando chegamos ao topo, senti um vento frio correr por minha espinha ao admirar a vista. A cachoeira abaixo era de arrancar o fôlego.

– Você me trouxe até aqui, pra morrer saltando de uma cachoeira? – perguntei gaguejando, minhas mãos tremiam de medo.

– Está com medo? Não precisa ter. Você vai estar segura aos cabos – diz me mostrando as cordas.

– Olha Léo, eu acho que... 

Enquanto eu tentava convencê-lo a me deixar fora dessa, eu queria ter um pouquinho mais de coragem para arriscar. Se ele dissesse para eu acreditar nele, sei que pularia daquela altura até sem os equipamentos. Mas em vez de terminar o que eu estava falando, fomos interrompidos por uma gritaria eufórica de uma loira alta com cabelos batendo abaixo da cintura. Ela era a própria Barbie, fiquei de queixo caído.

 Sem pressas Leonardo vai a sua direção, e a toma pela cintura num abraço violento que fazem ambos girar sobre os pés.

– Léo, eu senti tanta sua falta – ela diz com os olhos fechados apreciando o abraço dele. – E você está tão forte e bonito, leãozinho.

Meu estômago deu uma revirada.

– Também senti sua falta anjo, até pensei que não voltaria mais – ele diz desfazendo o abraço e a segurando pelos ombros.

De onde eu estava permaneci observando o reencontro. Após mais abraços e palavras dóceis, Leonardo a trás em minha direção, ele sorri e diz;

– Essa é a Laila, minha prima – eu sorri sem graça por ter imaginado coisas entre eles que obviamente não aconteceu. – Crescemos juntos e eu a tenho mais como irmã do que prima.

– Oi – eu disse finalmente.

– É um prazer finalmente te conhecer Líli, ouvi muito sobre você – ela diz me abraçando calorosamente.

– Ouviu sobre mim? – perguntei olhando o rapaz, que logo deu um jeito de se entreter com os cabos da tirolesa. 

– Lí, eu acho melhor você saltar. Esse momento é a hora perfeita – ele diz entrando na nossa conversa e me prendo as cordas. 

Sem me dar muito direito de escolha, Leonardo acabou me jogando cachoeira abaixo e nos primeiros minutos eu tinha certeza de que eu ia morrer. Eu sentia que aquela corda partiria ao meio, e eu despencaria dentro do lago que deságua a cachoeira. Eu tive medo e quis chorar em pânico, e então eu olhei pra cima e vi gaivotas sobrevoando o céu. Aquelas aves imponentes estavam infinitamente mais longes do chão do que eu, e, sei que é da natureza delas, mas vê-las sobrevoando tanta leveza me fez relaxar. E então eu finalmente entendi o que o Léo queria me fazer sentir, ai eu abri os braços e gritei com o vento. 

 

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