Capítulo 6

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Eu quero ser a prova viva de Jesus

No dia seguinte eu acordei algumas horas mais cedo que o costume

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No dia seguinte eu acordei algumas horas mais cedo que o costume. Preparei o café da manhã e depois fui à escola. 

– Oi Clóe, você pode me passar o conteúdo de ontem? – pedi ao me sentar ao lado dela. Eu tinha planejado em começar uma conversa simples e depois resolver o que era para ter acontecido dias antes.

– Sinto muito, mas eu não posso – diz indiferente sem ao menos me olhar.

– O que aconteceu? Você está me tratando mal.

– Eu pedi a sua ajuda e você me mandou ir embora. Por que eu te ajudaria agora? Você é egoísta e só pensa no próprio umbigo.

– O que você está dizendo? – meus olhos se arregalaram, as palavras assustadas saíram dos meus lábios. – A minha avó estava em um hospital, você disse que estava tudo bem e agora diz essas coisas. Não estou te entendendo.

Ela olhou bem dentro dos meus olhos e disse;

– Jesus no seu lugar não faria isso. Por isso eu quero ficar  longe de você.

Nisso ela juntos suas coisas e saiu. Ainda era cedo e o pátio da escola tinha poucas pessoas transitando, mesmo assim muitas delas pararam e ficaram nos observando. Aos poucos vi minha visão ficando embaçada e quando dei por mim já estava chorando. 

Corri a biblioteca e me escondi atrás de um apilha de livros. Na minha cabeça não fazia sentido ela ter me tratado daquela maneira. Eu jamais quis ir embora sem ajuda-la, eu não sou egoísta. Tudo que eu queria era ser uma mão amiga para alguém, e olha no que deu. 

Os soluços escapavam dos meus lábios e junto deles saiu uma suplica; - Jesus, eu quero que o Senhor faça na minha vida o mesmo que fez com José. Eu quero ser sua prova viva. Eu quero que minha vida seja a prova de um milagre, que as pessoas vejam que não sou uma mera garotinha. 

Quando sessou a suplica uma forte dor de cabeça me atingiu. Minha visão foi ficando turva e eu soube que ia desmaiar. Minhas mãos ficaram frias e suadas, segurei-me a uma prateleira e com dificuldade começo a andar para um lugar onde encontraria alguém.  Cada passo era como se meus pés estivessem presos ao chão, mesmo assim eu me arrastava. Estava prestes a declarar fraqueza total, quando segurei numa estante e alguns livros foram ao chão causando juntamente do meu corpo causando um estrondo.

– Ei, garota. Você está bem? – um menino apareceu. Ele levantou minha cabeça e tentou me fazer reagir. Eu também queria me mexer, porém não conseguia. – Ela está gelada, chamem a ambulância.

– O que está havendo? – uma voz de autoridade apareceu, no mesmo instante sou levantada e carregada para fora. O menino que me levava não dava trégua, falava sem parar o quanto eu precisava urgentemente chegar ao pronto socorro. – Olha o nariz dela, o caso aqui é grave.

– A ponha no carro, não podemos mais esperar a ambulância – diz a diretora. – Soraia – ela grita super alto – ligue pra família dela. Venha, coloque-a atrás.

Tudo parecia tão claro e ao mesmo tempo tão deserto e abandonado. Eu ouvia, tinha noção do que estava acontecendo, mas meu cérebro não conseguia reagir. Era uma terrível sensação de estar imobilizada, paralisada, totalmente entregue a alguma doença. Minha cabeça ainda doía muito e eu sentia o sangue quente escorrendo do meu nariz. Eu ouvia a batida acelerada do coração do garoto, e ouvia sua voz dizendo pra aguentar firme.

– Cede – sussurro e ouço minha voz ecoar.

– Estamos chegando ao hospital, não se preocupe.

– Dor... – arrastada e ofegante sopro o sentimento que pousou sobre mim.

– Vamos mais rápido, ela esta cada vez mais tremula e perdeu a consciência outra vez.

Lá estava ele – o cara que eu não faço ideia de quem é – lutando por mim. Ele continua dizendo que ficará tudo bem, mas nessa altura do campeonato eu já não consigo mais voltar.

 Ele continua dizendo que ficará tudo bem, mas nessa altura do campeonato eu já não consigo mais voltar

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Cuidado com as coisas que você deseja. Da mesma forma que tudo pode terminar bem, também pode haver contradições.

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