T h r e e

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     — Bom, não foi nada grave. É só passar esta pomada até cicatrizar, vai impedir que entre bactérias. — a enfermeira sorriu para a azulada que agora segurava um pano sobre a testa.

     — Obrigada. — respondeu e pulou da maca, ignorando a mão estendida de Adrien, na tentativa de ajuda-la.

     — Já podem voltar pra aula.

     Após a saída da mulher, Adrien abriu a porta e permitiu que Marinette passasse primeiro, por conta de seu cavalheirismo. A garota revirou os olhos e continuou caminhando mais à frente, com passos apressados.

     Logo atrás, o loiro dos olhos cor de esmeralda ria baixo, com a insistência da menina afasta-lo. A frase dita por ele certamente havia assustado-a.

     — Eu não sou um Serial Killer, ok? — riu mais alto, chamando a atenção da azulada que parou e passou a encara-lo, confusa.

     — Como?

     — Notei que te assustei na porta da enfermaria. Eu estava brincando, não era minha intensão assusta-la desta maneira.

     — Ah.

     Ah.

     Com certeza não era a intensão assustar a garota mais covarde da sala ou até mesmo da escola, dizendo que a mesma escondia segredos, mas que ele iria revelar todos eles.

     Claro que não.

     — Me perdoe. Só queria ver sua reação. — Adrien passa ao lado de Marinette, sorrindo e olhando no fundo dos seus olhos. Com um tremor percorrendo o corpo, a Cheng deu um passo para trás, derrubando uma das latas de lixo.

     — Merda.

Regra número onze: nada de ter uma atitude desengonçada na frente do inimigo.

     Num movimento mais rápido que o flash de uma câmera, a azulada correu e levantou a lata, causando gargalhadas no Agreste, que pousou a mão levemente sobre a barriga.

     — Você é cativante, Marinette Dupain-Cheng.

     — E você é um imbecil, Adrien Agreste. — murmura para si mesma, colocando a franja que caia sobre os olhos para o lado.

     Adrien não conseguiu ouvir, viva! Não sabia o que seria pior: chamar a atenção do cara mais rico de Paris no sentido bom ou ruim. Se bem que, nos dois Chloé Bourgeois lhe atacaria então... estava perdida da mesma forma.

     Ao voltar para o laboratório, sentou-se ao lado da companheira Alya, que a cutucou e sussurrou: "Depois você vai me contar tu-di-nho."


— Ah graças a Deus a aula acabou! Não suportava mais ouvir a Mendeleiev falar sobre moléculas. — a Césaire levantou os braços, em sinal de glória. — O que acha de irmos à sorveteria? Soube que tem um novo sa...

— Alya, acho que não estou muito a fim!

Tudo o que Marinette queria no momento, é chegar em casa e deitar-se em sua preciosa cama, para então passar a tarde toda dormindo ou jogando video-game. Quem sabe desenhar um pouco?

— Aah vai! Você fica tão sozinha em casa, o que custa sair com sua amiga mais próxima? Vamos, por favooorr! — segura o braço da amiga, resmungando.

Regra número doze: não olhe para os olhos pidões do seu melhor amigo, ele sabe como te convencer de algo.

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