A porta do galpão é arreganhada com força e, as vítimas são obrigadas à se levantar.
Regra número oitenta e seis: obedeça tudo calado.
— Anda. Levantem. — Plagg apontou o revólver para o casal. Marinette e Luka se entreolharam, assentindo. Já em pé, deram as mãos.
— Que bonitinho... podia jurar que você gostava do loirinho! — Bee caçoou, com uma garrafa de vodka nas mãos. A azulada cerrou os punhos e suspirou.
Dois dias desde que Adrien conseguiu escapar. Ele não voltaria mais. Seu coração se apertou no peito só de imaginar que passaria o resto da sua vida – que no caso, acabaria a qualquer momento... – com este sentimento de angústia.
Lionel – o gato – passou pela porta miando, enroscando-se na perna de Bee que praticamente chutou o bichano.
— Sai daqui gato nojento. — a loira brandou. Então, Nooro e Wayz apareceram correndo.
— É o seguinte. Cansei de ser bondoso, mas deixo vocês escolherem quem morre primeiro. — o moreno sorriu cinicamente.
— Por favor, não nos mate. Ficaremos de boca fechada! — Luka pediu, com a voz firme. Tudo o que precisava em uma hora dessas era não demonstrar desespero.
— Por favor não nos mate... — imitou-o, com a voz alterada. — Me poupe. Sabe quantos já falaram isso?
Regra número oitenta e sete: concorde com tudo o que o cara que quer atirar em você falar.
— Só queremos voltar pra casa! Foi um erro desde o início! — Marinette apertou mais a mão do companheiro. Sua garganta doía e ela queria chorar como um neném.
Só não sabia o motivo: por estar prestes à morrer ou, por ter sido abandonada por Adrien.
— Patético. — Bee virou o álcool contra a garganta. Marinette deduziu que a loira tinha sérios problemas com álcool, uma vez que sempre carrega algo semelhante nas mãos.
— Plagg, temos problemas. — Nooro disse ainda se recuperando da corrida. O moreno olhou na direção dos dois, e quando ia abrir a boca para protestar, o som de sirenes preencheram o local.
Marinette viu a esperança. Olhou para Luka que parecia afoito, mordendo o lábio inferior e rezando para que aquilo significasse uma coisa boa.
Bom, sirenes num momento como esse já era uma boa. E um deles nomear a situação como "problema", é melhor ainda.
— MERDA! — o líder gritou, extremamente irritado. — Vocês dois, chamem a Tikki. Bee, larga essa porcaria de garrafa e faz varredura, vamos fugir. Alface, pega os dois.
Dito isto, Plagg saiu em disparada para algum outro lugar naquele barraco. A loira praticamente bêbada trocou olhares com o parceiro dos cabelos esverdeados suspirando e dando as costas, retirando um revólver do cinto.
Com apenas um deles ali, Marinette apertou levemente a mão do azulado que entendeu na hora e abaixou-se rápido, dando uma rasteira que fez o bandido cair no chão. Wayzz soltou um grunhido frustrado e puxou a arma, apontando para o Couffaine, que ergueu as mãos. Ao ver que o rapaz destravou a arma, a azulada chutou sua mão em um ato de desespero, dando uma brecha para o companheiro nocautea-lo.
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FanfictionMarinette Dupain-Cheng, a garota mais clichê que se pode existir: A solitária invisível, incompreendida e desastrada. Sua maior preocupação no momento é terminar o ensino médio sem cruzar o caminho do outro clichê ambulante do colégio: Adrian Agrest...