Perda de memória causada por excesso de álcool.
Ao estar sob efeito de substâncias altamente alcolizadas, o indivíduo é capaz de fazer aquilo o que normalmente não faria em estado sóbrio. As consequências variam de acordo com a quantidade ingerida.
"Quando bebem, as pessoas tendem a falar a verdade".
Isso ocorre pelo motivo citado acima. Aquilo que, não estando sóbrio, o humano é capaz de fazer coisas que não fariam por um decreto. E, a memória pode ser retirada temporariamente ou na maioria das vezes, permanentemente.
— O que foi? — Adrien perguntou já irritado, com os olhos fixos na estrada. Ele estava com uma enxaqueca horrível e para piorar a situação, Marinette ficava o encarando a cada cinco minutos.
Ele errou.
Não deveria ter bebido na noite anterior e pior: não se lembrava de absolutamente nada. Sua última lembrança foi a de quando acordou, com a bochecha direita avermelhada e ardente. Ah! E, um curativo sobre a sobrancelha.
Com certeza ele se meteu numa briga com algum macho na boate.
Quando alugou o carro pela manhã, o homem entregou as chaves rindo, por ver seu rosto como estava.
— Nada. — voltou a olhar para frente. Mais alguns minutos de silêncio, e a jovem não resistiu em olha-lo mais uma vez.
— Será que dá pra falar qual é a p**ra do problema? — o Agreste junta as sobrancelhas, batendo no volante com ódio. Ele suspirou e abriu a janela.
— Eu já disse que não tem problema!
— Você acha que eu sou burro? Marinette, desde a manhã você fica me encarando! Você pensa que é invisível, mas não é. — olha rapidamente para ela, que revira as orbes azuladas. Brava, cruza seus braços, encostando a cabeça na janela. — Se eu fosse você não ficaria com essa cara! Vamos passar pelo menos doze horas presos nesse carro.
"DOZE HORAS? Ai já é pedir demais!"
— Também gosto de passar o meu dia ao seu lado! — ironiza, apoiando a cabeça na mão livre do volante.
A viagem continuou silenciosa. Nenhum dos dois ameaçava a soltar um "a", pensando no que quer que seja. Marinette sempre detestou o silêncio. Viveu em silêncio a vida toda, mais uma coisa chata para circular sua vida.
Regra número cinquenta e um: Continue em silêncio para não criar um clima mais estranho do que já existe.
Essa é uma das regras que ela quis e seguiu, muito diferente das outras que ocupavam mais da metade da taxa de violações que ela tinha feito.
•
•Três horas no carro sem trocar uma só palavra!
O celular de Marinette tocou.
— O que? Você não deixou ele em Paris? Enlouqueceu é? — ele começou a falar.
— Claro que não! Meus pais podem me ligar!
— Marinette, nós estamos fugindo de assassinos! É óbvio que tem hackers grampeando nossos telefones e quem sabe até mesmo vendo nossa localização!
— Eu não acho que... — Adrien pegou o objeto de sua mão e jogou pela janela. — VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE ACABOU DE FAZER? P**A QUE PARIU ADRIEN!
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FanfictionMarinette Dupain-Cheng, a garota mais clichê que se pode existir: A solitária invisível, incompreendida e desastrada. Sua maior preocupação no momento é terminar o ensino médio sem cruzar o caminho do outro clichê ambulante do colégio: Adrian Agrest...