Marinette foi cegada pela quantidade de luzes que iluminavam o seu rosto. Vozes e gritos preenchiam seus ouvidos e apesar de não gostar muito de agitação, seu coração estava a mil na questão de felicidade. Com a claridade, tampou os olhos e olhou para Luka, que tentava identificar o que era tudo aquilo.
Com medo, a Dupain fechou os olhos com força. Por mais que quisesse acreditar e ter esperanças de que este era o momento da sua salvação, a azulada ainda sentia receio de que tudo não passava de uma armação feita por parte dos criminosos.
— Mãos pra cima! — gritou alguém. Com os olhos entreabertos, os jovens ergueram os braços no alto, ainda com as mãos juntas. O maxilar de ambos tensionaram e quando uma figura se aproximou pegando-os pelo pulso, as lágrimas de felicidade escorreram pelo rosto da garota.
A polícia.
Depois dessa, nunca mais se envolveria com qualquer coisa que fosse. Agora, não fugiria para o México, aprenderia a mentir com mais facilidade e se cuidaria melhor para não ser sequestrada.
— Quem são vocês? — outra voz perguntou.
— Luka e Marinette Dupain-Cheng. Fomos sequestrados! — respondeu a azulada atropelando as próprias palavras. Os olhos vermelhos estavam cheios de esperança ao ver os distintivos.
— Chefe, olha quem achamos! — um policial se aproxima com a tal "Bee" nos braços. A loira se debatia e apresentava alguns arranhões pelo rosto, indicando que houve uma tentativa de luta.
— Se acham que vão acabar com os Miraculous, estão muito enganados! — riu e olhou para os dois jovens aliviados. — Nós vamos matar vocês, é só uma questão de tempo.
Marinette engoliu seco. Bee foi levada pelo policial até uma das viaturas enquanto a Dupain e o Couffaine eram encaminhados até as ambulâncias. Neste momento, foram separados. A Cheng recebeu um cobertor e se sentou na traseira do carro, ainda em choque por estar em segurança.
Tentando se acalmar, respirou fundo e escutou vozes conhecidas. Assim que levantou o olhar, reconheceu as duas figuras desesperadas por informações.
Neste momento, sua garganta doeu e quando os olhos encontraram os da mãe, um soluço escapou. A mulher deu uma cotovelada no marido que dava atenção para o policial e ao ver a filha, correram em sua direção.
— Mãe... Pai! — choramingou se jogando nos braços dos pais. Marinette finalmente chorou tudo aquilo que queria nas últimas semanas enquanto sua mãe a apertava como se nunca mais quisesse ficar longe, beijando o topo de sua cabeça.
— Nunca mais vamos te deixar meu amor... mamãe está aqui... — passou as mãos pelos braços da menina.
— Eu não sei o que seria de nós se tivéssemos perdido nossa princesa! — Tom disse acariciando os cabelos azulados da filha que ainda se agarrava ao corpo da mãe. — Quando Alya nos ligou contando o que havia acontecido, pegamos o primeiro vôo pra cá.
— Desculpa querida, eu juro que isso nunca vai se repetir! — Sabine deixou as lágrimas rolarem pelo rosto. — Nós te amamos tanto...
A Cheng não se separou dos pais um segundo sequer enquanto os enfermeiros checavam se tudo estava bem com Luka e ela. Juleka também estava no local e ela não queria soltar a mão do irmão por decreto algum.
Seus corpos estremeceram ao ver Plagg sendo detido por dois policiais à direita, seguido de seu bando. O moreno fez questão de ir o caminho todo encarando fixamente a azulada com seus olhos verdes assustadoramente tenebrosos. O medo surgiu em seu peito, mas logo foi substituído por uma sensação de alívio. Logo atrás, outros pares de olhos verdes a encaravam.
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FanfictionMarinette Dupain-Cheng, a garota mais clichê que se pode existir: A solitária invisível, incompreendida e desastrada. Sua maior preocupação no momento é terminar o ensino médio sem cruzar o caminho do outro clichê ambulante do colégio: Adrian Agrest...