O primeiro pensamento que se passou na mente de Marinette, foi o quão ela desejava ter o dom da invisibilidade. Sua lista de fazer merdas já estava mais que extensa, ao contrário da sua de feitos incríveis, que se duvidar já criava pernas para sair correndo.
A mestiça não sabia onde enfiava a cara. Alya parecia um tomate de tão vermelha e Nino, sorria envergonhado.
Ela os pegou no flagra.
— E-então Nino, nos vemos na f-festa do Luka. Mais uma vez obrigada! — pegou um papel amassado das mãos do moreno e saiu pela porta à toda velocidade, puxando a amiga junto.
Alya e Nino estavam no armário do zelador.
Alya e Nino estavam no armário do zelador!
Um momento. O que Alya e Nino faziam no armário do zelador? Mas que pergunta Marinette, organizar os produtos é que não era né? E mais uma coisa... Alya havia dito algo sobre a "festa do Luka".
— Pode me explicar o que fazia lá dentro?
— E você, pode me explicar o que fazia lá fora? — respondeu sarcástica.
— Touché. — cruzou os braços reprimindo uma risada. A verdade, é que a morena estava tentando arrumar uma forma de despistar a azulada. — Mas para sua infelicidade, eu não me esqueci da cena que vi com esses dois olhos claros. Posso ser desastrada, mas tonta eu não sou!
— Ta, ta, ta... Nino e eu estamos saindo. Desde... — ela então olhou a Cheng através das lentes, evitando o contato visual após cinco segundos. — Desde o fezmdja.
— Como?
— Fezmadja...
— Pode repetir por favor?
— Aah mas que saco! Desde o festival, ta legal? Nós começamos a conversar e rolou. Você sabe ser chata quando quer em Mari! — a Césaire emburrou, fazendo um bico.
O "festival" qual a amiga havia se referido, tratava-se do evento no centro da cidade, "Festival d'Automne em Paris" onde artistas não só mostram seus potenciais através da arte contemporânea, como também peças teatrais, danças, concertos, entre outros. Geralmente ocorre no outono entre Setembro e Dezembro.
Se agora estavam em novembro, significava que o casal saia escondido a dois meses!
E o lance de "amizade acima de tudo e sem segredos"?
— VOCÊ ME ENG... — na mesma hora, a morena tampou sua boca extremamente irritada por ter o segredo quase revelado. Marinette no mesmo instante deu-se conta da merda que iria fazer. Novamente merdas e mais merdas.
Regra número dezesseis: se você sabe que pode enlouquecer por guardar um segredo de outra pessoa, nem insista para saber.
— MARINETTE SUA FILHOTE DE CAPIVARA, ESQUECEU DOS REMÉDIOS? — Alya gritou de propósito, com esperança de enganar alguns alunos que passavam pelo corredor. — É por isso que não contei. Tava esperando o momento certo!
— E que "hora" seria essa?
— É, com você não tem hora certa. — olhou para o chão, coçando a própria nuca. Marinette não tinha pensado pelo lado da amiga. Ela merecia privacidade na sua vida amorosa.
"Mas não precisava ter mentido assim na cara dura!"
— Como é que é? Eu não menti coisa nenhuma senhorita Cheng. Apenas não deixei exposta a nossa relação! — Alya brigou, levantando uma das sobrancelhas.
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FanfictionMarinette Dupain-Cheng, a garota mais clichê que se pode existir: A solitária invisível, incompreendida e desastrada. Sua maior preocupação no momento é terminar o ensino médio sem cruzar o caminho do outro clichê ambulante do colégio: Adrian Agrest...