F i v e

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     A aula de sexta feira finalmente teve o seu final. Alya todos os dias durante o intervalo desde aquela terça-feira havia desaparecido, e Marinette sabia bem o motivo do deu paradeiro.

     — Marinette, está me ouvindo? — Juleka balançou a mão de um lado para o outro, em frente à azulada, que piscou fortemente antes de lançar-lhe um sorriso. — Podemos fazer o trabalho hoje? Eu sei que vai estar uma loucura em casa, mas nós vamos para a Itália visitar nossos avós no domingo...

— Ah sim! Tudo bem. — respondeu sem dar muita atenção.

— É... vai ser uma festa à fantasia, se puder ir à caráter agradeço desde já! — a roxeada suspirou preocupada com a reação da amiga. — É que meu irmão não vai deixar ninguém entrar sem fantasia...

— Tudo bem. Eu acho que tenho alguma coisa em casa! — sorriu como resposta e colocou a alça da mochila sobre o ombro, checando a hora e saindo correndo depois de se despedir.

No almoço, resolveu fazer algo bem leve e subiu para o quarto, procurar em alguma caixa algo que ainda lhe sirva. Revirou, revirou e revirou até encontrar uma roupa bem velha, mas ainda em ótimo estado. Era um conjunto de tecido vermelho e bolinhas pretas, como uma espécie de jardineira onde teria que usar uma blusa por baixo. Aquilo servia.

Mais a fundo, encontrou um ioiô velho com a mesma estampa e uma mascara. Uau, ela era uma criança que adorava joaninhas! Chega a ser cômico, já que hoje em dia costuma ter medo de qualquer inseto.

— Acho que isso serve... — analisou a roupa e foi até o banheiro prova-la. Coube como uma luva, já que desde aquela idade não engordou mais.

Depois de passar a tarde jogando jogos no computador e adiantando sua parte da pesquisa, havia chegado a hora de se arrumar.

Penteou os cabelos e os prendeu em duas maria-chiquinhas. Enroscou duas pequenas fitas em cada uma e vestiu uma camiseta branca por baixo da fantasia. O shorts ficava um pouco curto pois mesmo não engordando, não teve como evitar crescer, mas que se dane, ninguém além das meninas saberia quem era ela.

Antes de sair de casa, Marinette teve um mau pressentimento.

Regra número vinte e um: sempre confie nos seus instintos.


A casa estava cheia, provavelmente. Quando a azulada aproximou-se, pôde ouvir gritos e mais gritos, além de uma batida contagiante.

Suspirou e bateu na porta, onde um rapaz alto muito bonito e com as pontas do cabelo azuladas abriu. Ele segurava um copo nas mãos, certamente guaraná ou alguma espécie de álcool. Ao vê-la, abriu um sorriso tentador.

— Ora, ora, ora, o que temos aqui Paris? Uma joaninha sedutora! — riu alto, bebericando a bebida no seu copo. A Cheng cruzou os braços e olhou para os lados, tentando não perder a paciência.

— A Juleka está? — perguntou curta e grossa, fazendo o menino sorrir mais ainda com sua fantasia de pirata.

— Hey, calma pequena joaninha... por que não entra e aproveita a festa? Se preferir posso ser o seu acompanhante oficial! — levantou uma sobrancelha, galanteador. O ato fez a azulada bufar.

"Que cara mais otário"

— Ou, nossa, muito obrigado. Achei que joaninhas não falassem!

— É um dom especial. Me da licença agora? — falou, olhando diretamente nos olhos do anfitrião.

— Gostei de você. Me daria a honra de saber o seu nome, my girl? — aproximou-se, realizando uma breve reverência.

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