Sequestro. Palavra do latim Sequestru, apreensão ou depósito judicial de certo bem, sobre o qual pesa um litígio, a fim de que seja entregue, quando solucionada a pendência, a quem de direito.
O sequestro é famoso no mundo todo. Sempre funciona da mesma maneira: a pessoa é sequestrada, pedem uma boa quantia em troca dela e no fim, a devolvem pra família se conseguirem o que querem.
Marinette queria que fosse um caso desses pois neste momento, suas vidas estavam na reta final.
Peso. Um peso em cada ombro. Ao abrir os olhos vagamente, deparou-se com dois tufos: um, com fios dourados que lembravam a luz do dia e o outro, tão escuro quanto a noite, com algumas mechas tingidas de azul. Adrien Agreste. Luka Couffaine.
— Achei que eu é que era a indefesa daqui.
Tentou se mover mas, suas mãos estavam amarradas. Ótimo. Como se já não bastasse ser sequestrada com os dois idiotas, ainda por cima precisava ter suas mãos amarradas.
Com um suspiro, Marinette levantou os ombros, empurrando os rapazes um para cada lado, que na mesma hora acordaram.
— Eu juro que não fiz nada! — Luka falou assustado, olhando para todos os lados. Após focar nos olhos azuis de Marinette, o garoto acalmou-se. — Estamos vivos.
— O pior é que eu não sei se no momento isso é uma coisa boa. — a menina disse, tentando detectar algum eletrônico nas paredes.
— Chegamos em Nova York?
— Ah, claro que sim Adrien. Eu sou só um delírio seu, porque você está deitado numa cama da cobertura de um hotel. — revira os olhos, tentando se levantar sem as mãos. — Afinal, por quê eles não nos mataram?
— O único rico aqui é o Agreste. — Luka olha para o amigo com os olhos estreitos.
— Ata.
— Isso não é hora para... — sua fala é interrompida pelo barulho de um gato. — Isso foi um... miado?
— Miado? Por que teria um gato nesse muquifo? — Adrien balança a cabeça, desacreditado. Então, um ser surge da sombra, tomando a forma de um gato preto com os olhos tão escuros quanto o próprio pelo. — É um gato. Um gato preto. Sabia que gatos pretos causam azar?
— São só histórias, Adrien.
— Sendo histórias ou não acho que estou começando à acreditar... — o moreno fixou seus olhos no bichano, que sentou-se em frente ao trio e passou à lamber o pelo.
Regra número sessenta e um: certifique-se de não entrar numa furada com dois burros muito gatos.
O que? Não, essa regra não! Quer dizer, sim, mas sem a última parte.
Após um suspiro, a azulada volta a tentar ficar de pé. Novamente, falhando. Havia uma brecha iluminando o local: uma pequena janela com grades de ferro. Era um quarto escuro, com o chão sujo de terra. A julgar pelas paredes mofadas, ninguém utilizava aquela sala por anos.
— Merda. — ao olhar pro animal, uma luz se acendeu em sua cabeça. — Aqui gatinho bonitinho! Aqui!
— Marinette, ele pode ter problemas com raiva!
— Luka!
— Foi mal.
— Vem aqui lindinho... corta essa corda pra titia! — conseguiu virar-se de costas, de forma que os braços ficassem de frente para o gato.
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FanfictionMarinette Dupain-Cheng, a garota mais clichê que se pode existir: A solitária invisível, incompreendida e desastrada. Sua maior preocupação no momento é terminar o ensino médio sem cruzar o caminho do outro clichê ambulante do colégio: Adrian Agrest...