— Onde estamos? — gritei. — Mãe? Mãe?
Tirei o telefone do ouvido para checar, a chamada havia caído e estava sem sinal. Me virei para encará-lo esperando uma resposta.
— Estamos no meu mundo — respondeu indiferente, ele claramente não estava tão confuso e assustado quanto eu. Duck Young observava o céu azul claro e pelo modo como encarava, pude notar que no fundo ele estava feliz por estar de volta.
— O quê? Isso... Isso é loucura! Como é que...? Estávamos na casa da minha avó agora e... céus, eu vou ficar louca!
— Eu também não sei, nunca havia acontecido nada aparecido até eu ir parar no seu mundo. Não faço ideia de como isso acontece.
— Se... Isso significa que se estamos no seu mundo, que é um universo paralelo, mas é igual a verdadeira Seul, teria uma chance, mesmo que pequena, de eu encontrar o Lee Minho? O Song Kang? Ai minha nossa! O Choi Minho!
— No momento, as chances disso acontecer são as mesmas do seu mundo. Mí-ni-mas! Além de que temos coisas mais importantes para nos preocupar no momento.
— Acho que você deve estar se esquecendo que eu mando nesse mundo. Posso fazer o Minho se casar comigo!
— Qual deles? — balançou a cabeça. — Na verdade, isso não importa. Você só tem... quantos anos você tem mesmo?
— Quantos você acha?
— Eu não sei! Mas, sei que você é só uma adolescente, deveria se preocupar com seus estudos e não com fazer um idol se casar com você.
— Cala a boca! — revirei os olhos. — Eu sou maior de idade, se você saber. Mas de qualquer forma, não preciso disso. — disse e dei de ombros.
Ele fez sinal para um táxi que estava passando. Quando o carro parou, abriu a porta e colocou a mão no meu ombro me empurrando, levemente, para dentro e entrando em seguida.
— Nos leve para o shopping mais próximo, por favor. — ele disse ao motorista.
— Sim, senhor!
— Me empresta seu celular, por favor? Preciso urgente ligar para uma pessoa e esqueci meu celular. — pedi.
Ele pegou o celular, que estava no banco do passageiro e me entregou. Agradeci ao receber.
— Ligue para o seu agente e o peça para nos ajudar — instruí Duck Young, que pegou o celular de minha mão, discou e assim que o telefone foi atendido, começou a falar várias coisas, as quais não prestei atenção.
— Chegamos — disse o taxista, nos encarando pelo retrovisor. — O senhor é o Park Duck Young?
— Sim, ele é! O senhor quer um autógrafo? — ofereci rapidamente.
— Se não for incômodo... — ele tirou um bloco de notas de capa cor-de-rosa do porta-luvas e o deu para Duck Young. — Assine para Kim Myung Hee, por favor.
— Claro.
— Ela é muito fã do senhor, muito mesmo e hoje é o aniversário dela.
— Mesmo? Deseje um feliz aniversário por mim — ele pediu, mesmo que já estivesse escrevendo no caderno.
Perguntamos se ele poderia aguardar um pouco e receber o pagamento quando alguém chegasse com o dinheiro e avisamos que ele poderia deixar o taxímetro ligado enquanto esperávamos. Quase uma hora depois o secretário da agência chegou, pagou pela corrida e pelo tempo que o motorista ficou parado nos esperando. Também trouxe um cobertor enorme, no qual nos enrolamos. Fiquei feliz porque estava sentindo muito frio e de repente me lembrei do motivo pelo qual ele perguntou sobre casacos. Mesmo estando quase no fim do inverno, ainda estava muito frio.
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Quando Tudo Se Torna Real
FantasyAna Júlia é uma jovem universitária brasileira, que escreve como uma forma de lidar com certas frustrações da vida e, principalmente, de se livrar do tédio. Ela cria um mundo fictício, espelhando-se no mundo real e em seus entes queridos. Júlia te...