Victory Cleve Park

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"Está ficando melhor, cada vez melhor o tempo todo

[...] Eles não sabem o quanto você é especial

Eles não sabem o que você fez para o meu coração"

They Don't Know About Us, One Direction

Me aproximei cuidadosa e silenciosamente da porta aberta, andando devagar, por consequência do silêncio, me assustei e gritei quando ele apareceu na porta. Nos esbarramos, o que me fez cair.

— Ana Júlia!

Ouvi o tom de reprovação que eu já conhecia. Park Duck Young.

— Me desculpe, mas você me assustou. — me defendi.

— E você me assustou! — ele rebateu enquanto segurava em meu braço para me ajudar a levantar.

— Voltou mais cedo que o habitual. São... — peguei o celular, que estava no bolso de trás da calça e chequei as horas. — Meia noite em ponto. Você nunca volta antes de uma hora.

— Bom, isso é uma verdade. — disse, enquanto se virava para fechar e trancar a porta. — Não me senti confortável em te deixar aqui sozinha por tanto tempo. Você não conhece muita coisa por perto.

— Não, mas estive com meu celular no bolso o tempo todo. — balancei o aparelho. — Eu fiquei bem, não precisava ter voltado. Poderia só ter ligado.

— Eu queria voltar — disse simplesmente e com um pequeno sorriso no rosto.

— Tudo bem, então. — respondi sorrindo.

— O que fez enquanto estive fora?

— Eu comi e assisti filme. Bom, acho que mais dormi do que realmente assisti o último filme.

— Você deveria ter ido para a cama, dormir no sofá é desconfortável.

— Acho que estou evitando ir para o quarto até estar com muito sono.

— Por que, tem algo errado? O colchão é ruim ou...

— Não! — o interrompi. — Nada disso, o quarto é ótimo. É só que... É quando paro para pensar nessa loucura e a saudade da minha família aumenta, as preocupações vem e, bom, essas coisas.

— Vamos dar um jeito de descobrir como te levar de volta.

Minha resposta foi um sorriso carregado de tristeza, o que o fez me puxar para um abraço de lado. Me pegou completamente desprevenida e meu coração se agitou tanto que precisei respirar fundo e me afastar.

— Então, quer ver outro filme? — perguntou.

— Sim, mas só se você fizer pipoca!

— Esqueci que você me conhece o suficiente para saber que minha pipoca é irresistível. — ri. — Vou fazer e subir para trocar de roupa.

— Vou tomar banho e volto. — avisei e subi correndo para o quarto.

Depois do banho, vesti um pijama quente e peguei mais um travesseiro, outra coberta e desci. Ele estava sentado no sofá, também de pijama, mexendo no celular e com dois baldes de pipoca na mesa de centro.

— Estou de volta!

— Oi, que bom! — lhe entreguei o travesseiro e a coberta. — Obrigado.

Me sentei na outra extremidade do sofá modular, que era grande demais para nós dois, principalmente por estar destravado e esticado.

Quando Tudo Se Torna RealOnde histórias criam vida. Descubra agora