Quero te conhecer

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— Vamos! — respondo.  

— Dong Yul, você pode ir agora, se desejar. Acho que vai gostar de ficar um pouco com sua filha... — disse um pouco envergonhado. Ele tentava se fazer de "durão" mas era um doce.

  — Obrigada, senhor, vou só terminar de— 

— Não precisa! Seja o que for pode esperar até amanhã —  interrompeu-a — Tenha uma boa noite e mande lembranças para sua filha.

  — Mandarei. Novamente, obrigada! —  ele sorriu e então saímos. 

O carro estava estacionado na porta nos esperando. Eu obviamente entrei no lado do passageiro e ele no do motorista.

  — Então, —  perguntou quando entrou no carro. —  o que está achando do seu mundo?

 — Não é meu mundo, Duck Young.  É... Não sei. —  dei de ombros. —Seu

— É o mundo, Ana Júlia, não tem dono.

— Então por que me perguntou?

— Porque você o controla. — suspirei.

— Tente pensar em mim como o destino — sugeri. — O destino... Pode-se dizer que ele controla nossa vida e ninguém sente raiva dele. Tente pensar em mim assim, talvez ajude.

  — O destino tenta espancar vocês? — hesitei antes de responder. — Você tentou me matar um dia antes de eu te encontrar. E eu não estou com raiva de você.

— Não! Eu não tentei! Podemos por favor não ter essa conversa hoje?

— Tudo bem. Mas só se pudermos falar sobre isto depois.

— Claro! Então, apenas me diga como me encontrou? Como chegou lá?

— Eu não sei. —  deu de ombros. —  Se soubesse te levaria de volta para casa. Eles estavam me batendo, aí tudo ficou extremamente claro, e então eu estava lá.  E quando cheguei, apenas segui para onde meu... — parou.

— Seu...? —  insisti devido a sua demora para prosseguir.

— Isso é muito clichê, mas eu segui minha intuição, ou o coração, como queira chamar. Fui seguindo e parei na porta da sua casa.

— Nossa isso é... louco! — ri fraco.

— Pode apostar que é!  

Ele estacionou o carro no estacionamento do restaurante, desceu e abriu a porta para mim.

— Obrigada. — agradeci com um sorriso. 

Seguimos para dentro do restaurante, cujo os detalhes eu observava atentamente enquanto a recepcionista nos acompanhava até nossa mesa. Era o restaurante favorito dele, mas como eu conhecia Duck Young, sabia que esse era o lugar dele! Onde ele vinha sozinho e nunca trazia garotas. Sabia também que ele gostava de se sentar em uma mesa ao lado da janela onde via o jardim que ficava dentro das dependências do lugar. Ele gostava principalmente da fonte. Era exatamente para esta mesa que a mulher estava nos levando. Sorri.

O restaurante era um dos lugares mais bonitos que criei naquele mundo, e a sensação de poder conhecê-lo, de verdade, fora da minha mente, não se comparava a nada que eu já havia sentido.

— Acho que você sabe exatamente onde estamos... — disse após agradecer a recepcionista e nos sentarmos. Ele não olhava para mim, mantinha seus olhos na vista da janela.

— Sim. —  respondi baixo. — Nunca traz ninguém aqui com você...

— Você é diferente. — respondeu indiferente. — E achei que gostaria de conhecer...

Quando Tudo Se Torna RealOnde histórias criam vida. Descubra agora