Vigésimo Quarto.

113 3 0
                                    


ISABELLE

Sinceramente, eu não lembro do nome do cara loiro que estava comigo. Só lembro que ele me pagou uma nova dose de tequila e depois de dois ou três beijos eu o dispensei dizendo que ia no banheiro. Para ser justa, eu fui ao banheiro.

Estava lotado, cheio de mulheres se acotovelando para conseguirem se ver no espelho, mas felizmente consegui um cantinho para mim onde retoquei meu batom e ajustei os peitos no vestido esmagador. Sai do banheiro sentindo que estava andando na corda bamba e a dose de tequila grátis do loiro não me pareceu ter sido uma boa ideia. Encostei no primeiro bar que vi e dispensei vários caras que tentavam falar comigo enquanto eu tentava pedir uma simples água para o bartender.

— Manda uma água ai, amigão. – Noah apareceu ao meu lado, agarrando o braço de um bartender e fazendo um gesto com a cabeça na minha direção.

Incrivelmente, um minutos depois a água estava na minha frente.

— Ah. Amém. – Suspirei tomando um longo gole da mesma. – Valeu Noah.

Ele deu ombros e voltou a olhar na direção da pista, analisando todas as mulheres que passavam em seu campo de visão. Noah era um cara, aparentemente, com padrões altos para escolher suas vítimas e descobrir isso me fez sorrir maliciosamente em sua direção quando este não prestava atenção, porque bem, eu havia feito dele uma vítima minha também.

— Lucrando muito? – Ele me perguntou do nada quando eu estava começando a trocar sorrisos com um cara do outro lado do bar que parecia cheio da grana.

— Talvez. Pesquisando o mercado. E você? – Respondi e sorri mais abertamente quando o homem acenou de leve para mim. Devolvi seu aceno elevando meu copo na direção dele.

Antes que Noah pudesse me responder, o homem já havia levantado e estava vindo na minha direção. Ele parou entre eu e Noah, provalvemente achando que não nos conhecíamos e me ofereceu sua mão de dedos longos e finos. Mãos de pianista.

— Você gostaria de me acompanhar em uma dança...? – Ele fez uma pausa questionadora, esperando que eu me apresentasse.

— Kaya. - Menti mostrando meu melhor sorriso e aceitei sua mão. – E sim, por favor. – Noah fez um barulho que pareceu uma risada estrangulada e balançou a cabeça negativamente, mas não disse nada.

— Eu sou Thomas. – Ele respondeu puxando-me para fora de meu banquinho alto para envolver minha cintura pela lateral e começar a me puxar na direção da pista.

Não me importei em olhar para Noah, certa que ele acharia alguém para colocar suas mãos em alguns segundos e me deixei ser guiada até um canto da pista, mais próximo da varanda onde os fogos de ano novo seriam jogados. Thomas tinha um cabelo bem cacheado castanho claro e olhos escuros, mas seu corpo era bem musculoso e seus lábios, apesar de finos, eram ótimos em beijar. Ele pressionava seu corpo contra o meu enquanto dançávamos e nos beijávamos, as vezes esquecendo de fazer um, as vezes esquecendo de fazer outro.

Escutei alguém ao meu lado dizendo que faltava um minuto para o ano-novo e me afastei brevemente de Thomas para olhar ao redor e procurar por Amanda. Mas ela não estava nem um pouco perto de mim e logo Thomas estava beijando meu pescoço e meu pensamento se distraiu. Enrosquei meus dedos em seus cachos macios e fechei os olhos enquanto aproveitava a situação sem preocupações até que as pessoas começaram a gritar a contagem.

Dez.

Thomas parou de beijar meu pescoço e me virou para a janela, me encoxando com vontade enquanto suas mãos seguravam-me contra si pela barriga.

BFFF - Best Fucking Friends ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora