maratona 1/4
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Clarissa narrando
— Para de passar a mão na minha bunda Neto — Cacau disse toda puta.
Eu acabei rindo pela quinquagésima vez que eu tava aqui.
Sabe, é engraçado ver eles dois juntos, até porque eu nunca que imaginava ver o Neto assim, ele parecia ser tão desapegado e quem não queria ter ninguém na vida... tão eu antes do meu loiro... mas agora.
Acho que a vida é mesmo uma montanha russa né, eu nunca me imaginaria apaixonada por alguém de novo, não depois de tudo o que já sofri, não depois de todas as vezes que eu quebrei a minha cara e olha aonde eu tô....
💭 é aquele ditado, o mundo não gira ele capota💭
O mais engraçado ainda é quem a vida fez eu me apaixonar e também como.
Decidi assumir pra mim mesma de uma vez, não era pra eu ter me apaixonado pelo Digão, não mesmo... mas quem disse que o coração obedece?
Tudo naquele homem me prende a ele e eu sei o quão fodida eu tô... mas o que eu posso fazer cara? não tenho.
— CLARISSA — Neto grita
Balanço minha cabeça despertando das neurose que tava tendo e sorrio.
— Eu
— Eu — ele me imita — Tá viajando aí filhota — riu.
Solto uma risada anasalada e levanto da cadeira.
Puxo minha carteira de cigarro enquanto caminho em direção a porta da varanda do quarto dele.— Tô cheia de coisa na cabeça parceiro — suspirei — Tô sem falar com ninguém da minha família — Coloco o cigarro que tinha tirado da carteira entre os lábios e acendo.
Me encosto com a maior parte do meu corpo pra fora do quarto, olho na direção que os dois estão, ou seja a cama do Neto.
— Ué gente, o que aconteceu? — Cacau pergunta confusa.
Solto a fumaça que tinha prendido da tragada e brinco com o isqueiro entre meus dedos.
— Todo mundo me escondeu uma parada sinistra... — trago de novo o cigarro e solto rápido — Esconderam uma pessoa na verdade — solto o ar e olho pra o outro lado, a favela.
— Caralho que pesado — Neto disse.
Olhei pra ele com um sorriso fraco no rosto.
— Mano, o que mais me deixa puta é que aquelas duas falsas sabiam tá ligado? elas sabiam caralho — Me alterei um pouco — Porra mano, elas são as únicas pessoas que eu não admito esconderem nada de mim, meus pais? tô me fodendo pra o que escondem sabe, eu cresci com eles sendo obrigados a esconderem coisas pra minha segurança... mas elas — balancei a cabeça — Sempre considerei as duas minhas irmãs sabe, nem o próprio Guilherme sabe coisas minhas como elas duas sabem aí me traem desse jeito — virei a cara de novo pra encarar a favela e tranguei o cigarro de novo.
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Isso é o que o amor faz
RomanceClarissa e Guilherme cresceram. Guilherme se tornou pai cedo demais, e acabou perdendo o seu grande amor em um acidente. O que fez se fechar totalmente pra o amor. Clarissa sempre sonhou em montar a sua própria escolinha de dança pra crianças da co...