Capítulo 62

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Oi, atenção nas notas finais ok?

Votem e Comentem bastante rs
lembrando que foram vocês quem pediram capítulo da Flávia kk

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"Nenhum motivo pra ficar é um bom motivo pra ir"

— somethings gotta give, Camila Cabello

Flávia narrando

Eu estou beirando a loucura.

Eu não entendo mais nada o que tá acontecendo na minha mente, não estou mais me conhecendo.

Nunca tive dúvidas do meu amor pelo Digão, nem estou duvidando agora, céus... Isso nunca.

O que eu não entendo é todo esse efeito que o doutor tem sobre mim.
Todo o domínio que o Pietro tem em mim, tudo o que ele desperta.

Eu sei que as coisas com ele não estão sendo mais só cama, ele se envolveu mesmo com meus pedidos pra não se envolver.
Eu não entendo mesmo porque a idéia de ter ele sentindo algo por mim me faz tão feliz, porque ao invés de eu deixar ele livre, eu não consigo.

Na verdade só de pensar nisso me sobe o veneno.

A segurança de ser amado é uma coisa louca pra caralho né.

As vezes não importa se sentimos o mesmo pela pessoa, só dela gostar da gente a gente quer está por perto.

Mas meu amor pelo Digão é algo que não pode se comparar, ele é meu marido e a quem eu decidi construir minha vida, e eu não posso entregar ele de mãos beijadas pra aquela piranha, principalmente por algo que ainda é uma bagunça tão grande em meu peito.

••

Paguei ao taxista e fechei a porta e me virei pra o prédio sem olhar pra trás.

Eu tava a alguns dias sem ver ele e eu não sei porque, tava necessitando dele.
Seria saudades (?)

A verdade é que depois do baile de ontem, eu tava mais que carente.

Digão não dorme mais comigo e nem me toca mais.
Eu tava com medo, medo que aquela puta finalmente tivesse conseguindo o que queria, destruir meu casamento.

Apertei minha bolsa e caminhei devagar até o hall, acenei pra o porteiro que já me conhecia e ele sorriu.

— Senhorita Flávia, quer que eu anuncie ao doutor que a senhora vai subir? — Perguntou simpático

— Acho que não precisa Francisco... Vou fazer uma surpresa pra o Pietro — sorri largo e tentei caminhar pra o elevador, mas a voz do velho parou.

— Então boa sorte — deu de ombros.

Boa sorte?
Franzi a testa sem entender, mas mesmo assim assenti e voltei minha atenção a meu percurso ao elevador.

Assim que apertei o número do seu andar, encostei minha cabeça na parede de metal e respirei fundo.

Tava tudo tão complicado, eu precisava tanto dele.

Ele é como um ponto de paz no meio do caos todo que eu me encontro, minha válvula de escape.

O indicador de andares avisou que já estava em meu destino e as portas do elevador se abrirão.

Sorri assim que parei em frente a sua porta e toquei a campainha.
Tentei arrumar meu cabelo e alarguei mais o sorriso quando escutei sua voz.

— Já vai — exclamou alto.

Isso é o que o amor fazOnde histórias criam vida. Descubra agora