Capítulo 30

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"Deixa eu te dizer meu bem que eu não sou obrigada a nada, o que eu eu faço do meu jeito, faço o que eu quero e não me importa a sua opinião"

— Não sou obrigada, High Hill

Rodrigo narrando.

Eu tava puto.

Aliás, essa novinha testa meu sistema de toda forma.
Mandei a puta colar no barraco, tava nervosão com umas pilha errada, e ela não foi.

Quem aquela piranha acha que é pra passar por cima de mim?
Se eu passei a visão, é porque quero que abrace e obedeça, não que passe por cima de mim.

💭acho que ela ainda não entendeu quem dá o ritmo nesse caralho 💭

- caralho irmão... vai pra casa - Neto falou tocando em meu ombro.

Já tinha perdido a conta de quanto pó eu tinha cheirado.
Tava agora mesmo amarrando o braço pra meter a heroína na veia.

- vem passar idéia não Neto, tô sem paciência pra papo torto - Fiz sinal com a mão pra ele se calar.

Já sabia que vinha meter serinho, em mim, e eu queria era me foder todo mesmo.
Pra quem quer que seja, pagar a conta pela afronta da mina.

- Tá se drogando porque Digão? tu pode comer a buceta que tu quiser nesse morro, tá bolado porque a mina te negou hoje? - virou minha cadeira.

soltei a seringa com tudo em cima da mesa e dei um chute nas costelas dele, fazendo ele voar longe.

- Eu tô nem aí pra aquela puta do caralho... só não quero que passe por cima da minha palavra - falei firme e desamarrei o braço. - a lei aqui sou eu porra, eu dou a palavra e todo mundo obedece - chutei a cadeira com tudo.

A cadeira voou pra longe enquanto eu pegava a garrafa de whisky que tava em cima da mesa.
Dei mais um gole longo da bebida e limpei a boca com as costas da mão.

- EU QUEM SOU A LEI E NÃO AQUELA FILHINHA DE PAPAI QUE SE ACHA PORQUE O PAI É DONO DA ROCINHA - Gritei desnorteado.

Te falar, tava nem me sentindo mais.

Neurose tava braba fi, o ódio era o que me resumia naquele momento.

Era até bom deixar essa puta longe de mim por hoje, porque pela raiva que eu tava sentindo dela, eu ia quebrar ela no cacete.
E eu não quero isso, eu ainda quero aquela boquinha me chupando muito, até eu abusar.

- Tua mulher daqui a pouco bate aqui atrás de tu parceiro... vai pra casa - voltou a jogar serinho na mente.

Aquela era outra puta.

Tava me tonteando esses dias com esse papo de filho.
Filho é o caralho.

Odeio criança, odeio qualquer coisa mesmo.

- Vai se foder - dei o dedo a ele e voltei a tomar a bebida, concentrando todo meu ódio.

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Isso é o que o amor fazOnde histórias criam vida. Descubra agora