Capítulo 12

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"Essa novinha é terrorista, é especialista, olha o que ela faz no baile funk com as amigas, é muito explosiva não mexe com ela não"

— Olha a explosão, MC Kevinho

Bianca narrando.

— A gente brigou eu mandei ela embora — Cantei alto.

— Os primeiros dias que são foda, que bate saudade e a gente só chora — Cláudia continuou.

— Mas esbarrei com a amiga dela, então pensa numa mina gostosa — Teteu cantou alto enquanto apontava pra mim.

— Disse que as duas também brigou e ela vai se vingar agora, então joga — Voltou pra mim.

— Então joga o popo na piroca — O viado disse puxando minha bunda pra perto do pau dele.

A gente tá em uma baladinha.
Minha despedida, já que amanhã eu vou vazar.

💭Já não tava vendo a hora mesmo 💭

— Quem ver pensa que tu gosta né Teteu... — Falei rindo e me afastei dele.

— Gosto mesmo não... Eu sou passivo meu amor — Piscou pra mim.

— E por isso mesmo que eu deixo tu me ver pelada... Não quero imaginar teu pinto subindo por minha causa — Cláudia disse se benzendo.

— E mesmo que eu fosse ativo, eu só vejo vocês como minhas irmãzinhas, não rolaria — Ele fez careta.

— E mesmo que ele fosse ativo... Ia continuar sendo gay, a sexualidade não muda — Falei e dei de ombros.

— Essa piranha fala isso porque já parou na cama com um que se dizia gay... — Cláudia interrompeu ele.

— Ele é gay... Só que ele é ativo e a gente tinha bebido mais do que a conta... E desde quando o foco da conversa veio pra mim? — Perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Tu é sonsa demais Cláudia... Sonsa demais — Ele disse fazendo sinal pra ela parar.

Fiquei observando de longe, um carinha vendendo algumas coisas pra uns adolescentes.

Era bala.
Não o doce, mas a droga.
Alucinógeno.

— Tu tinha coragem de comprar bala Teteu? — Perguntei encarando ele.

— Só se fosse pra eu não ficar com mais nenhuma prega no cú... Já experimentei e me deu um fogo do inferno isso — Balançou a cabeça.

Eu e Claudia caímos na gargalhada.

— Vocês tão rindo de quê em? — Perguntou irritado.

— Tu...com medo de ficar com fogo — Cláudia falou rindo.

— Meu amor... Eu tenho medo de pegar uma DST... Se a gente não souber usar, essa parada faz a gente ficar doido de tabela... Eu não sei em quem confiar hoje em dia não — Piscou

— Até porque as pessoas não andam com uma faixa na cabeça escrito "Eu tenho AIDS" né — Lembrei.

Ele assentiu.

Isso é o que o amor fazOnde histórias criam vida. Descubra agora