Capítulo 63

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Clarissa narrando

Acordei hoje sabendo que tinha dormido na Rocinha, principalmente depois do virote que dei ontem né mores, papai nunca ia deixar eu sair daqui sozinha e nem muito menos ir pra casa com uma das meninas, ainda mais porque elas ficaram pior do que eu.

Eu tava no meu quarto e sinceramente, nenhuma surpresa.
Dona Maria Laura tinha me dito que depois que se assumiram, a Bia dorme no quarto do Gui.

💭 dorme no bem bom sempre piranha💭

Depois que me arrumei com umas roupas dela que tava dentro do armário, fui pra cozinha né, porque o cheiro de café já tava sendo sentido do topo da escada.

Desci os degraus enquanto prendia meu cabelo num coque e sorri, por mais que seja bom ter minha liberdade e morar sozinha, a casa dos nossos mais sempre tem aquela sensação de acolhimento.

— Que cheiro bom — falei animada enquanto entrava na cozinha.

Tava todo mundo la sentado, a mamãe sorriu pra mim e voltou a dar a papinha pra o Arthur que bateu palminhas assim que escutou a minha voz.

A Maju tava do lado do Gui.

Passei pelo meu pai e beijei o topo da cabeça dele antes de me sentar do lado da Bia.

— Bebeu muito ontem a noite não Clarissa? — meu pai quebrou o silêncio, assim que eu me sentei.

Respirei fundo.

Sabia que aquela observação não era nada de brincadeira, ele tava mesmo querendo arrumar uma coisa pra criticar.

— É eu sei, minha cabeça tava doendo pra caralho até um tempo atrás e tava me avisando isso — falei sem olhar pra ele.

Enchi minha xicara de café e continuei sem olhar pra ele.

— Não acho que seja bom pra tu essas coisas não Clarissa — ele respondeu.

Porra, não tinha como não se incomodar com esse comentário dele, meu pai nunca foi de se intrometer no quanto eu bebo ou de querer controlar qualquer coisa na minha vida.

— O que tem papai? que eu saiba sou maior de idade e eu só não fui pra minha casa porquê o senhor não deixou — falei seca.

Bebi o primeiro gole do café sem açúcar mesmo.

Minha mãe tava me encarando em silêncio e Guilherme continuou dando comida a filha, sabia que ele não queria se intrometer nos assuntos que fossem meu e do seu Mikael.

— Eu sou teu pai Clarissa e não importa tua idade, vou querer teu bem sempre — ele disse firme.

— Meu bem é querer ser dona do meu próprio nariz meu pai, fazer o que der vontade — levantei da mesa

— Clarissa — mamãe chamou minha atenção

— Não mãe, deixa eu falar — bati minhas mãos na mesa e afastei a cadeira com tudo — Ontem eu bebi sim como sempre bebi, o senhor nunca se meteu na minha vida nem mesmo quando eu era menor de idade então não queira se meter agora, eu não dependo mais do senhor, eu nem mesmo moro na sua casa mais — o encarei.

Isso é o que o amor fazOnde histórias criam vida. Descubra agora