Capítulo 44

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Clarissa narrando.

Não sei de onde tinha vindo idéia de eu cobrar alguma coisa a ele, eu só pensei e puf, saiu da minha boca.

Na verdade... eu tava já saindo da graça com aquela mandada da Anabel e quer melhor vingança com galinha do que tirar o milho dela? ou com o gigante que tirar sua galinha dos ovos de ouro?

Eu sabia que contra a Flávia eu posso ser sim uma força mínima, mas contra a Anabel que tá no mesmo páreo que eu? eu era mais forte.

Eu espero muito que ela goste da surpresinha que vai ter, quando for atrás dele que ele dispensar ela... até porque se ele não dispensar é só adeus pra mim. 

••

Digão me deixou em frente a escolinha depois cantou pneu, dizendo que ia pra boca resolver os b.o dele.

Eu nem queria ter vindo com ele tá ligado, daqui a pouco vai ter morador fazendo fofoca e por mais que tenham razão, não quero tá na boca de ninguém não.

Ia entrando na escolinha, mas meu braço foi puxado pra trás com brutalidade e como eu tava concentrada no celular, conversando com a Mariana, fui pra trás legal, sorte que segurei na parede.

— Ih de qual foi? — perguntei já puta 

Quando olhei pra cara do ser, tive até vontade de vomitar.

— De qual foi o quê... sua mandada — Anabel furiosa na minha frente.

Soltei meu braço da pata dela com força e guardei o celular na bolsa.

Quando olhei pra cara dela de novo, já foi ganhando pose.

— Tá doidona de pedra caralho? — já me emputeci de vez — Primeiro de tudo que mandada aqui é tu sua piranha, e segundo... tá se achando a blindada pra vim com k.o? — empurrei ela

— Tu — apontou o dedo pra mim — Eu te vi, quero saber o que tu tava fazendo na garupa do meu homem — tava fora de controle

Soltei minha bolsa no batente da porta e depois olhei pra cara dela.

Comecei a gargalhar, agora isso alto viu.

— Tá rindo do quê sua piranha? — tentou puxar meu cabelo mas eu prendi a mão dela antes.

— Eu... — parei de rir — Eu tava rindo é de tu vim aqui cobrar satisfação comigo... tu é o quê dele? — apertei mais o braço dela que soltou um gemido de dor — ah é... nada — Debochei.

Claro... piranha tava no escondido só esperando ele sair, ou sei lá o quê pra vim tomar satisfação comigo.

Monete que não entende que tamo no mesmo barco, aí só faz pagar micão depois.

— Do mesmo jeito que tu... eu sou só mais uma puta, que nem tu — riu

Larguei o braço dela na mesma hora, mas dei nem tempo dela pensar, acertei foi o tapão na cara dela.

Minha mão já tava coçando esses dias pra pegar ela ou a problemática lá, mas como a ruiva tá toda na moral nesses últimos dias, vai ser nessa aqui que eu vou descontar.

Isso é o que o amor fazOnde histórias criam vida. Descubra agora