Capítulo 17

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Bianca narrando

Clarissa me encarava procurando uma resposta em meu olhar.

Sabia que ela não podia dizer o que realmente aconteceu, digamos que traficante não é bem o cara que o Guilherme quer a irmãzinha dele envolvida.

💭Embora ele seja um né💭

Por isso que eu tive que pensar rápido.
Quando o Guilherme tava prestes a abrir a boca, eu já me meti logo a falar.

— Foi... A moto deu prego mesmo na hora que a gente tava descendo — Menti.

💭 Que puta improviso💭

— Isso... Quando a gente tava descendo o morro a moto deu prego, não sei nem o que aconteceu, mas um dos meninos me ajudou e levou pra oficina — Ela completou.

Guilherme coçou a nuca com uma expressão um pouco desconfiada e encarou nós duas.

— Eu dava tudo pra ver vocês duas no prego — Falou rindo.

Clarissa respirou aliviada e eu também.
Nem sabia que meu pulmão tinha espaço pra guardar tanto ar, amém.

— Gente... Eu vou fumar — Clarissa disse levantando do sofá

— E lá vai a chaminé — Falei rindo.

— Falou a santa que não brisa na erva — Ela disse com ironia.

Dei o dedo a ela que riu e se agachou.

— Vem meu amor, deixa que a tia coloca você pra dormir — Falou dando as mãos pra Maju.

A menina sorriu e facilmente foi pra os braços da minha prima.

— Daqui a pouco eu tô indo — Pisquei pra ela.

Ela assentiu e piscou de volta.
Clarissa subiu a escada com Maju nos braços.

— Maju é muito apegada a ela — Guilherme me despertou.

Eu tava acompanhando elas com o olhar enquanto subiam a escada.

— E a Clari a ela... Disso posso ter certeza — Sorri.

Guilherme assentiu sorrindo.

Fiquei olhando pra aquele sorriso é puta que pariu, que sorriso mais lindo mano.

Ele limpou a garganta quando notou que eu tava olhando demais pra ele.

💭Coisa que eu tenho que dizer ser difícil de não fazer né mores💭

— Tu vai mesmo aceitar ficar com minha cria? — Perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Sim... Eu preciso de um ganha pão e Maju de uma babá, porque não unir o útil ao agradável? — Perguntei com um sorriso.

— Achei que tu não ia aceitar — Ele deu um meio sorriso e colocou a mão na nuca novamente.

— Ox... Porque?

Isso é o que o amor fazOnde histórias criam vida. Descubra agora