CAPÍTULO 17

1 0 0
                                    

Daniel

Tudo que eu consegui fazer foi me virar e abraça-la para que ela entendesse que eu a defenderia, queria protege-la 
Era tão difícil fazer isso sendo o homem que a sequestrou e tem obrigado-a a se manter longe de tudo, inclusive de Sophia que ela tanto ama.

Tudo por um plano ridículo que eu criei pelo pai dela ter tirado a vida do meu ...

Ela continuou chorando, mesmo sentindo os meus abraços envolve-la . Eu me posicionei melhor para enxugar com o polegar suas lágrimas... E senti a maciez de sua pele que parecia tão aveludada e linda, ela me olhou em silêncio e eu fiz o mesmo, pude ver seus olhos brilharem com mais lágrimas se formando na borda do seu rosto e eu não podia deixar .

Meus impulsos foram mais rápido, e eu beijei Alice ainda acariciando suas bochechas, parei de beija-la, mas ainda com o rosto colado ao seu não pude evitar um sorriso de canto e sussurro

- não sei como consegui evitar isso por tanto tempo - falei ainda de olhos fechados, Alice não responde e está com a  respiração ofegante assim como eu .

Beijo ela mais uma vez ainda mais lento e demorado, naquele momento eu abraço apertando-a contra mim,  eu queria que não houvesse nada entre a gente naquele momento e pude ter certeza que estava sendo correspondido .

Quando paramos ela me olha e sorri, me dá um selinho e fala :

- eu estou muito cansada, preciso dormir ... - falou fechando os olhos e eu a abracei, dei lhe um beijo na testa e desejei boa noite... Assim dormimos e acordamos, grudados .

Era como se aquele momento não devesse acabar nunca mais ...

Alice

Eu estava muito irritada por estar naquela situação de depender que o  Daniel me levasse para todos os lugares, quando ele me perguntou se eu queria algo disse que não, porque o que eu realmente queria ele não me daria, Sophia e minha vida de volta .

Tudo oque ele fez questão de tirar de mim... Que raiva dele ! mas eu não o odiava, e também não sei como ele consegue odiar por tanto tempo uma pessoa que o fez sofrer sei lá como a sei lá quantos  anos...

Ele me deixou no quarto sozinha e também percebi a seriedade e frieza na sua expressão. Não comi, não consegui fazer nada descer pela minha garganta estava entalada com tanta incompreensão.

Logo que ele voltou para o quarto eu consegui segurar o choro, mas não por tanto tempo, não sabia se ele estava dormindo ou não, mas eu precisava por para fora oque me deixava triste .

Foi quando ele me abraçou e eu não consegui resistir a ele, porque eu também queria isso, nos beijamos e eu estava aliviada, então fomos dormir abraçados . 

Quando acordei minha perna já não doia tanto, a final já se passaram três dias, esse seria o quarto dia desde a cirurgia, então, já estava cicatrizando, com a pomada que usei ajudou muito.

Daniel não estava no quarto, mas consigo me levantar e ir até o banheiro ...

Faço minha higiene pessoal e saindo vou até o closet, pego o vestidinho preto que ganhei da dona Estela, bem leve e simples. Quando estou dando uma última olhada no espelho Daniel entra pela porta com uma bandeja recheada de café da manhã, ele coloca em cima da cama e vem em minha direção, fica me olhando com seus belos olhos verdes como se tivesse satisfeito e admirando em silêncio cruza os braços na frente do corpo e me observava ...

- vamos comer ? - pergunta frio e mudando a postura .

- sim ! - falo dando de ombros e Daniel continua sério como se nada tivesse acontecido ontem.

Duas Vidas  Onde histórias criam vida. Descubra agora