Chegando em casa

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Retornamos à selva.

Kelsey não estava animada. Ela realmente não gostou da experiência.

Eu me recriminava todas as vezes em que pensava nisso. Eu não deveria tê-la feito passar por isso.

Pensei em me transformar em homem e conversar com ela, mas achei melhor não. Eu tinha tão pouco tempo, e sabia que poderia precisar dele para algo urgente. E de acordo com os planos de Kadam, nós chegaríamos em casa ainda naquele dia, e eu precisaria usar esses minutos como homem quando chegássemos.

Passamos pelo lago Suki após algumas horas. Havia muitas aves e pequenos animais. Eu estava sempre atento quanto à presença de qualquer ameaça. Quando percebi que ela estava com medo de jacarés, passei a caminhar entre ela e o lago, para lhe dar mais segurança.

Eu caminhava devagar para que ela pudesse me acompanhar e procurava os locais com mais sombra, para evitar que o sol forte queimasse sua pele clara.

Após mais algumas horas, parei para beber água em um riacho e Kelsey aproveitou para almoçar. Phet havia preparado uma refeição e colocado na mochila. Assim, não precisamos comer barras de cereais outra vez.

Quando saímos da selva, após mais algumas horas caminhando, farejei o jipe que Kadam havia deixado estacionado por ali. Caminhei em direção ao veículo e me sentei ao lado, tentando fazer com que Kelsey entendesse que deveria entrar nele.

É o carro? Você quer que eu entre nele? O.k. Só espero que o dono não fique chateado.

Havia um bilhete de Kadam lá dentro

Srta. Kelsey,

Por favor, me perdoe. Eu queria lhe contar a verdade.

Aqui está um mapa com indicações de como chegar à casa de Ren, onde irei encontrá-la. As chaves estão no porta-luvas. Não se esqueça de dirigir do lado esquerdo da estrada.

A viagem dura cerca de uma hora e meia. Espero que cheguem bem.

Seu amigo

Anik Kadam

Ele havia providenciado um GPS, que segundo ele, era um aparelho de localização moderno, que indicaria à Kelsey como chegar até em casa.

Deitei-me no banco de trás. Kelsey parecia tranquila e satisfeita, então pude relaxar e acabei cochilando.

Acordei quando o balanço do carro mudou. Abri os olhos e vi que havíamos deixado a estrada e entrado em um caminho de pedras. Havíamos chegado.

— Ren, sua casa é incrível! Não acredito que você seja o dono disto!

A casa era realmente fantástica. Não era tão grande quanto o palácio real de Mujulaain, mas era realmente incrível. Era circundada por plantas tropicais, havia uma piscina e uma banheira na lateral da casa de 3 andares. Kelsey estava impressionada.

A Maldição do tigre - POV RenOnde histórias criam vida. Descubra agora