16° Capítulo

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- Tenho um pedido a fazer-te e não não te vou pedir em casamento e nem mesmo em namoro. - Disse Marc divertidamente. - Queria pedir que seguisses a temporada de MotoGP.

- Eu não sei Marc. - suspirei largando a sua mão.

- Porfavor Mariza! - ele agarrou de novo a minha mão. - Por mim. Promete que vais ver.

- Eu vou tentar Marc. - olhei-o nos olhos.

- Eu quero que prometas. - disse ele passando a sua mão pela minha bochecha.

Eu não sabia se haveria de projetar algo que não sabia se seria capaz de cumprir.
Talvez ele tenha razão e talvez eu deva pelo menos tentar ultrapassar este problema que acaba por não ser um problema e sim uma paranoia minha.

- Eu prometo. - Digo um pouco a medo mas mesmo assim com um pequeno sorriso.

- És tão gira nossa senhora. - ele disse olhando seriamente para mim o que me deixou bem envergonhada. - Como é que eu tive a sorte de te conhecer?

- Eu é que tive muita sorte em te conhecer. - Disse eu. - Já olhaste bem para ti? Esse sorriso que derrete qualquer rapariga, esses olhos escuros mais bonitos do que qualquer par de olhos azuis ou verdes, essa pele morena e cabelos escuros e por último mas não mais importante, a tua personalidades. És a melhor pessoa que já conheci.

- Assim eu fico sem saber o que dizer. - Disse ele escondendo a sua cara com a mão.

...

Finalmente acabamos de tomar o nosso pequeno almoço e depois de uma grande discussão entre mim e Marc para decidir quem pagaria o pequeno almoço nenhum doa dois ganhou e cada um pagou o seu.

Saímos da pastelaria e voltamos a entrar no carro de Marc.
Assim que ambos metemos os cintos de segurança, Marc ligou o carro e logo depois de o tirar do estacionamento agarrou a minha mão e entrelaçou os nossos dedos.

- Vai ser difícil amanhã... - Disse Marc e eu olhei para ele.

Ele estava sério e olhava atentamente para a estrada.
Não sei ao que se referia mas a sua cara não era a melhor. Dava para reparar numa certa tristeza em seu rosto.

- Estás a falar de quê? - perguntei.

- Amanhã vou para o Qatar para a primeira corrida da época que ser a este domingo. - Disse ele sem deixar de olhar para a sua frente.

Suspirei ao ouvir aquilo. Estava farta de ouvir que ele ia embora e que eu ia embora e que ambos nos íamos ficar distantes um do outro. Tenho medo que tudo mude, que ele mude, que ele se interesse por outra pessoa ou até que eu me interesse por outra pessoa.

- Posso ir contigo até ao aeroporto amanhã? - perguntei quase num sussurro.

- Queres mesmo ir? - perguntou com um pequeno sorriso e eu apenas assenti. - É claro que podes cariño, fico mesmo feliz que vás.

Sorri ao ouvir a alcunha carinhosa que ele me deu e beijei as costas da sua mão.

- Não vamos pensar mais no facto de ires embora, pelo menos por hoje está bem? - pedi e ele apenas assentiu.

Mais uns minutos dentro do carro e o trânsito de Barcelona continuava horrível. Talvez fosse por ainda serem 9 horas da manhã.

- Tu nem sequer avisaste o teu irmão de que irias estar comigo. - Constatei.

- Ele não é assim tão burro, achas que ele não sabe que estou contigo? - ele riu. - Era o que ele queria visto que não conseguiu ter a tua atenção primeiro.

- E tu estás todos orgulhoso por isso não é Marquéz? - perguntei semicerrando os olhos.

- Não podes negar que ficaste completamente apanhada por mim assim que me viste. - ele disse convencido. - Tu própria o disseste tal como eu.

Desta não me safo mais. Ele tinha razão, eu própria admiti que estava caída aos seus pés mas não fui a única visto que o sentimento e mútuo.

So Far Away || Marc Márquez Onde histórias criam vida. Descubra agora