44° Capítulo

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O despertador do meu telemóvel tocou e eu abri os olhos com enorme esforço.
Tinha acabado de acordar e já me sentia bastante cansada e doente. Á minha cabeça estava bastante pesada e o meu corpo também.
Os meus olhos queriam fechar de novo mas fui mais forte do que ela vontade de voltar a dormir e levantei-me logo da cama indo até á casa de banho lavando a cara e em seguida os dentes.

Olhei-me ao espelho e eu estava num estado lastimável. A minha pele estava horrivelmente branca e as olheiras notavam-se imenso o que era normal depois da noite horrível que passei tendo sempre o mesmo pesadelo.

Voltei ao meu quarto e vesti uns boyfriend jeans, as minhas meias da Nike que ficavam a cima do tornozelo, vesti também uma sweatshirt verde escura da Vans e um par de vans da mesma cor.
Não podia aparecer no aeroporto com cara de Zombies por isso fiz uma maquilhagem que escondesse, ou pelo menos tentasse, esconder certas imperfeições.
Assim que acabei de me maquilhar e pentear os meus cabelos, sai do meu quarto já com o meu telemóvel e carteira na mão e desci até á cozinha onde encontrei a minha mãe.

- Acordada tão cedo princesa? - perguntou a minha mãe pondo o pão na mesa da cozinha.

- É tenho de ir á um sítio daqui a pouco. - disse eu olhando para o meu telemóvel que marcava 8 horas e 15 minutos.

- Vais onde? - perguntou arqueando uma das suas sobrancelhas.

- Logo verás. - disse eu piscando-lhe o olho deixando-a ainda mais confusa e curiosa.

Peguei numa fatia de pão e barrei um pouco de manteiga de amendoim.

- Podes passar-me o leite porfavor? - perguntei e logo a minha mãe me passou o leite. - O Edgar?

- Ele disse que ia mais cedo hoje porque ia buscar a Sandra para irem juntos para a faculdade. - Respondeu.

- Aquilo ainda vai dar coisa. - disse eu sorrindo mas logo o meu sorriso desapareceu quando me lembrei que tinha perdido 150 euros.

- É, talvez. - disse ela concentrada em barrar a manteiga no seu pão. - E tu e o Marc?

- O que tem eu e o Marc? - perguntei arqueando uma sobrancelha.

- Mariza não te faças de parva. - ela revirou os olhos.

- Mãe, está tudo na mesma e vai continuar assim até ambos nos sentirmos preparados para ter uma relação a distância. - disse eu e bebi um pouco de leite em seguida.

- Mas vocês não precisam de ter uma relação a distância se tu o acompanhares.

- Eu não vou viver ás custas dele, isso está fora de questão. - eu disse revirando os olhos. - As coisas podem correr mal e depois fico descalça.

- Tudo bem, tenho de admitir que tens razão. - ela disse dando de ombros.

- Estou super mal disposta, não dormi nada está noite e o meu corpo está super pesado. - disse eu bufando em seguida.

- Vais ter de ir ao médico Mariza. - disse a minha mãe olhando-me com preocupação.

- Eu vou pensar nisso mãe. - disse eu revirando os olhos. - agora tenho de ir.

Acabei de beber o leite que tinha no meu corpo, levantei-me da cadeira dando um beijo na bochecha da minha mãe e sai de casa depois entrando no meu carro em seguida.

...

Já me encontrava perto das portas de desembarque e olhava atentamente para cada uma das pessoas na esperança de ver Marc mesmo sabendo que ainda faltavam 10 minutos para o seu voo chegar cá.
Estava ansiosa e qualquer pessoa que olhasse para mim rapidamente podia perceber isso.
Olhava repetidamente para o meu telemóvel vendo as horas e batia com o pé no chão enquanto esperava pelos irmãos Márquez.

Desistir de olhar para o relógio e ver sempre a mesma hora e então meti o telemóvel no bolso da sweatshirt. Olhei em minha volta vendo várias pessoas arrastando as suas malas e outras a cumprimentarem as pessoas que haviam saído da porta de chegadas.
Sorri ao ver os abraços fortes que os filhos davam aos pais assim que os viam sair daquela porta, os pais que voltavam a ter os seus filhos nos braços, as mulheres a espera dos seus maridos e namoradas que beijavam e abraçavam fortemente os seus namorados.

Deve ser tão bom ter alguém de volta passado tanto tempo e poder dar um abraço forte nessa pessoa matar todas as saudades e recriar memórias antes de algumas dessas pessoas partirem novamente para de onde vieram.
Gostava de poder abraçar de novo o meu pai e recriar memórias também com ele, dava tudo para poder passar mais 5 minutos com ele e dizer tudo aquilo que ficou por dizer, se bem que apenas 5 minutos não chegavam mas era apenas o que eu pedia.

Olhei para aquelas portas novamente e finalmente vi Marc acompanhado pelo seu irmão.
Sorri largamente assim que o vi e este procurava-me por todo o lado nervosamente sem me conseguir ver.
Alex foi o primeiro a notar onde estava e logo avisou o irmão que quando olhou para mim me mostrou o seu perfeito sorriso e a paços mais apressados veio ter comigo e me abraçou fortemente.

So Far Away || Marc Márquez Onde histórias criam vida. Descubra agora