Revenge - Min Yoongi

2 - The Plan

Capítulo 2 - The plan

Min Yoongi's POV

Depois de descobrir que Dae Yoo é provavelmente a filha do Gong Yoo, passei as últimas duas semanas tentando bolar um plano. Eu não podia simplesmente matá-la. Além de ser inútil, isso acabaria com minha chance de chegar até ele. Tenho o que quero praticamente nas minhas mãos, só preciso de um plano sólido.

Mais uma noite sem dormir. Eu me vi deitado na cama, meus pensamentos correndo em círculos sem me deixar em paz. "Por que não consigo parar de pensar?" me pergunto a cada minuto, mas a resposta nunca vem. Lembro de Dae Yoo, de como seu nome se conecta ao de Gong Yoo, e a raiva me consome. "Eu não posso matá-la. Isso seria inútil. Mas... e se eu tivesse que?" Essa ideia me atormenta, fazendo com que meu coração bata descompassado, chegando a doer.

Sempre que fecho os olhos, as memórias voltam como ondas, uma após a outra. O rosto dos meus pais, algumas lembranças boas, e a imagem deles cobertos de sangue no chão da sala... "Droga, por que não consigo esquecer?" A frustração me deixa inquieto, e eu me reviro na cama, mais uma vez começando a sentir falta de ar. "Merda... de novo não..."

Sento-me com um pulo, sem querer aceitar que estou sendo engolido por essas memórias de novo. Coloco a mão sobre o peito, sentindo meu coração bater forte, e acendo a luz, tentando me acalmar. Não me lembro da última vez que consegui dormir em paz...

Puxo o celular como forma de refúgio, mas mesmo assim minha cabeça não me deixa em paz. Deito-me novamente, puxando o ar e tentando controlar a respiração. As horas se arrastam, e isso se torna torturante. Ainda são cinco da manhã, e me rendo, levantando e me arrastando em círculos pelo quarto.

Bohee, minha madrinha e mãe adotiva, nem tenta mais me mandar para a escola. Ela sabe que é inútil. E me sinto um merda por isso, porque, apesar de tudo, ela nunca desistiu de mim. Eu não posso ser o filho que ela merece, não consigo. Ela jamais será minha mãe.

Sempre que olho para Bohee, lembro de Xiumin, e isso me machuca muito. Ele foi como um pai para mim, sempre presente, até desaparecer do dia para a noite, sem sequer se despedir. Disseram que ele tinha ido morar na Bélgica, mas... por que ele nunca me falou nada? Por que nunca me ligou? Isso é injusto. Ele fugiu, me deixou sozinho e não entrou em contato comigo nem no momento em que mais precisei dele.

Por que ele não voltou? Por que não me procurou? Eu precisava muito dele. Bohee não tem culpa de nada, mas eu não consigo aceitar isso. Morar com ela é como se eu estivesse sendo forçado a esquecer o que perdi, e isso é insuportável. Acabo sendo um cuzão com ela, mesmo sem querer, porque essa merda de dor não me deixa em paz!

Sou um fardo.

Saio de casa me arrastando com minha mochila quase vazia, só um caderno pequeno e algumas canetas no bolso. Não que eu realmente vá usá-los. Normalmente, só durmo nas aulas.

Quando chego à escola, vou direto para a sala e deito a cabeça na mesa, estou exausto. Minha bolsa vira meu travesseiro improvisado.

Dae Yoo já está lá, e eu não consigo desviar o olhar. Sentar várias fileiras atrás dela facilita as coisas. Assim, posso observá-la sem ser notado.

— E aí, Yoongi! — Jimin chega junto com Namjoon, sentando-se ao meu lado.

— Fala aí. — Cumprimento-os de volta, suspirando pesado, enquanto eles tiram os materiais da mochila.

Hoseok chega atrasado e quase rio da cara dele quando o professor o manda para o corredor.

— Vou lá. — Digo para Jimin e me levanto, recebendo um olhar severo do professor. Hoseok me encara, irritado.