Capítulo 17 - Locked
Dae Yoo's POV
Aquele velho realmente não vai se lembrar de mim aqui. É típico dele. Quando não sou útil, ele sequer se lembra que existo.
Troco de posição, tentando encontrar um pouco de conforto nesse inferno apertado, mas é inútil. O espaço é pequeno demais, e meu corpo inteiro já dói. Respiro fundo, fecho os olhos e libero um grito primal, batendo com força nas portas do guarda-roupa. A madeira vibra sob meus golpes, e minha voz ecoa abafada. Passam-se cinco minutos, ou talvez mais. Nada. Nem um passo. Nem uma resposta.
Puta que pariu!
Coloco o ouvido na porta, forçando-me a ouvir qualquer som. Meu coração martela no peito enquanto me esforço para captar até mesmo o menor ruído. Nada. Só o vazio absoluto.
Eu bato de novo, desta vez com mais raiva, mais força. Minhas mãos estão latejando, e o pulso torcido está queimando, mas não posso parar. Não agora. O desespero começa a se arrastar por mim, mas tento sufocá-lo.
Ele só vai me procurar quando precisar de algo de mim. É sempre assim. O que significa que ele não vai abrir essa maldita porta hoje, já que é noite.
Ou talvez esteja esperando eu me acalmar. Ele gosta de fazer isso, de me testar, de ver até onde eu aguento. Talvez esteja sentado na sala agora, rindo da minha frustração, como o psicopata que é.
Gong Yoo é previsível, mas é justamente isso que o torna perigoso. Ele sempre age conforme sua lógica distorcida, mas, no fundo, tem um padrão.
Respiro fundo novamente. Tento organizar as ideias, mas a dor no meu corpo não deixa. Preciso sair daqui, urgentemente.
Empurro as portas com os ombros, ignorando o latejar no meu pulso. Tento girar a trava de dentro, mas é inútil. Chuto com toda a força, mas algo está segurando do lado de fora, talvez uma corda.
— Filho da puta! Você não pode me manter aqui para sempre! — grito, minha voz carregada de ódio e frustração. Mas, mais uma vez, não há resposta.
O tempo parece congelar enquanto eu fico ali, presa no silêncio. Não consigo ver as horas. Não sei quanto tempo se passou. Se eu não me mantiver quieta, o ar vai fazer falta aqui dentro...
Min Yoongi's POV
A primeira noite passou, e eu não consegui dormir. Minha cabeça não parou um segundo sequer de pensar na traição de Bambam e nas ameaças que recebi ontem. Quando o som das chaves batendo nas grades me desperta, meu coração já está disparado. O anúncio do café da manhã e do início do serviço comunitário ecoa pelos corredores. Eu não quero ir, eu tenho medo do que possa acontecer comigo.
Negar o café não vai me salvar hoje, já que o trabalho é obrigatório. Preciso contar a alguém, pedir ajuda, mas como? Se eu abrir a boca, eles me matam.
Saímos algemados. Cada movimento faz meu estômago se contorcer pelo nervosismo, a náusea ameaçando me dominar. As algemas só meu desconforto, como se fosse um tipo de claustrofobia. A qualquer momento, sinto que posso vomitar.
No refeitório, tudo parece mais calmo do que ontem . A comida, embora sem gosto, é menos repulsiva hoje. Engulo rápido, ansioso para sair dali o mais rápido possível. Mas antes que eu consiga terminar, um grito abafado atravessa o ar: "Agora!"
Meu corpo congela. Antes que eu possa reagir, um braço se enrola em volta do meu pescoço. A dor é imediata e excruciante, eu sequer tinha me recuperado do torcicolo. Tento puxar o ar, mas o aperto é forte demais. Meu peito dói, e socos atingem meu abdômen com brutalidade. Tento me debater, mas cada movimento é inútil. Sou jogado no chão com força, minha cabeça batendo na quina de um banco. O impacto é tão forte que o mundo ao meu redor começa a girar.
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Revenge - Min Yoongi
Fanfic|CONCLUÍDA| Após perder os pais em um brutal assassinato, Min Yoongi vive consumido pelo desejo de vingança. Obcecado em encontrar Gong Yoo, o homem que destruiu sua vida, Yoongi mergulha em um passado sombrio repleto de traições e segredos. Mas o c...