18 - Betrayer

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Faltam cinco capítulos para acabar essa fanfic. Eu amei demais escrevê-la ❤️
Obrigada aos que estão acompanhando!
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Capítulo 18 - Betrayer

Eu me agarro à borda da mesa, incapaz de processar tudo. Jongdae corre logo atrás dele, com a arma em punho.

Quando finalmente os alcanço, Yugyeom está encostado na parede, segurando a mão ferida.

— Bambam tentou fugir, mas eu o acertei de raspão na perna. — Ele fala rápido, chamando reforços no walkie-talkie.

— Certo, vou atrás dele. — Jongdae corre pelo corredor, deixando-me com Yugyeom, que me encara.

— Yoongi, sua formatura é amanhã, e você vai estar lá. Agora, vamos voltar para a enfermaria, preciso cuidar disso. — Ele olha para a mão sangrando.

Voltamos à enfermaria, onde a enfermeira começa a tratá-lo sem muita pressa. Enquanto ela cuida dele, penso em tudo que aconteceu. Como as coisas chegaram a esse ponto?

— Hoje está foda, minha sorte são esses analgésicos — diz, mas o cansaço é visível. — Isso é uma porra, né? Nem precisava de pontos, mas agora preciso deles — reclama ao ter a mão suturada.

— Caramba... — solto, ainda em choque com a situação.

De repente, Yugyeom se aproxima e me entrega uma arma, me pegando completamente de surpresa.

— Vamos, Yoongi. A partir de hoje, seu treinamento começa. — Ele afirma com firmeza. — Pode parecer sujo, mas eu vou te colocar na polícia, prometo.

— O quê? — Minha voz sai hesitante, sem acreditar no que ele acabara de dizer.

Sem responder, Yugyeom segura minha mão e me guia em silêncio para o vestiário. Meus pensamentos estão caóticos, sem conseguir processar tudo o que está acontecendo, mas, por alguma razão, um sorriso involuntário surge no meu rosto.

— Isso aqui... todos tratam como um santuário. — Ele para em frente a dois armários decorados com flores falsas, e eu vejo os nomes dos meus pais escritos nos patches: "Min". Meu coração acelera imediatamente.

— Vocês nunca moveram as coisas deles? — Pergunto, sentindo uma mistura de emoção e nostalgia.

— Não tivemos coragem. Além disso, eu pensei em você o tempo todo, Yoongi. — Ele pega um chaveiro no bolso e destranca os armários. Para minha surpresa, eles não têm cheiro de mofo. — Eu troquei os desumidificadores religiosamente, de dois em dois meses, para não deixar isso aqui apodrecer.

— Obrigado, Yugyeom... — murmuro, tocado por sua consideração. — É engraçado, porque eu ia te contar ontem que queria me tornar policial.

— Sério? — Ele se vira para mim com um olhar orgulhoso. — Isso é maravilhoso de ouvir, Yoongi!

De repente, sou envolvido em um abraço apertado, e percebo que este é o abraço mais caloroso que já recebi de Yugyeom.

Olho dentro do armário da minha mãe. Há várias fotos minhas quando criança, algumas sozinhas, outras com familiares e amigos. Entre elas, uma grande foto de todos juntos: meus pais, eu, Xiumin, Yugyeom, Mark e até mesmo Bambam. O armário do meu pai é mais simples, com apenas uma foto minha, mas o cuidado da minha mãe em decorar o dela compensa.

Vejo os uniformes deles pendurados. Eu tiro minha blusa e coloco o uniforme do meu pai, seguido pelas calças. Por último, coloco o chapéu da polícia. Ao guardar minha roupa no armário, sinto o peso do momento. Abraço a mim mesmo, como se tentasse captar a presença de meu pai.

Revenge - Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora