21 - Gong Yoo

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Capítulo 21 - Gong Yoo

Quando voltamos para o salão, os policiais nos encararam descaradamente. Dae deu um passo para se virar, claramente pronta para sair, mas antes que ela pudesse, coloquei minha mão em seu ombro, mantendo-a no lugar.

— Parem de assustar a menina. Sabem nem disfarçar! — reclamei, lançando um olhar de reprovação para Yugyeom e Mark. Os dois tentaram disfarçar o olhar, mas de uma maneira tão desajeitada que até Dae soltou uma risada curta e contida, como se ainda estivesse hesitante.

A atmosfera voltou a ficar leve, e conseguimos aproveitar o que restava da festa. Bebemos, dançamos, e rimos do Mark bêbado, que tropeçava nas próprias pernas...

...Eu finalmente fiquei com a irmã do Hoseok, o que parecia ser o momento mais feliz do meu dia. Porém, logo depois, quando confessei meus sentimentos para ela, a resposta foi o que eu já esperava: ela só me via como um amigo. Aquele tipo de rejeição que dói, mas não surpreende. Nada que mais uma bebida e uma boa música não pudessem amenizar.

A festa foi se apagando à medida que a luz do sol atravessava as janelas. O salão ficou mais claro, e o número de pessoas começou a diminuir. Era óbvio que o fim havia chegado.

Sentei-me no chão, suspirando, enquanto olhava para o pessoal ao meu redor.

— Passou tão rápido... — comentei, e o grupo concordou em silêncio.

— Eu não bebi porque vou dirigir, que droga. — Yugyeom resmungou, visivelmente frustrado.

— Além disso, vocês têm um trabalho a fazer depois daqui. — Minhas palavras caíram pesadas, e imediatamente olhei para Dae. Percebi uma tensão sutil em sua expressão, um brilho de nervosismo nos olhos, mas ela apenas assentiu com a cabeça.

Yugyeom hesitou, provavelmente preocupado com a presença dela entre nós, sabendo que o próximo passo seria ir até a casa do pai dela, Gong Yoo.

— Se ele já não tiver fugido de casa, vai dar certo. — A voz de Dae era calma, mas havia uma certa hesitação, talvez medo disfarçado de indiferença.

— Está tudo bem para você? — Mark perguntou, preocupado, e Dae apenas assentiu novamente, soltando um suspiro leve.

— Como sabemos que isso não é uma cilada? — Hoseok perguntou, cruzando os braços enquanto lançava um olhar desconfiado para Dae.

— Eu confiei nela. Mesmo que seja arriscado, vocês são bons policiais. Além disso, eu vou ajudar. — Falei, tentando dar algum conforto. Não era como se a desconfiança deles fosse injustificada.

— Não é uma cilada. Eu não gosto de enganar as pessoas dessa maneira — Dae respondeu calmamente, mas havia algo nas suas palavras que não dissipava a tensão entre nós. Eles ainda estavam cautelosos, e com razão.

— Certo. Vamos? — Mark sugeriu, olhando para o relógio. — Temos muito trabalho e pouco tempo.

— O plano é o seguinte: Dae chega em casa, nos manda uma mensagem falando se o pai está lá, se ele está armado ou não... — Yugyeom começou a explicar, mas Dae o interrompeu.

— Eu não tenho celular — disse ela, soltando um suspiro mais pesado dessa vez, como se aquilo fosse um obstáculo óbvio para todos.

— O quê?! — Minha mente acelerou, procurando uma solução rápida. — Então, seu quarto tem janela, não tem?

Quase perdi o foco por um segundo, mas continuei pensando no plano.

— Sim, mas ela é trancada para que eu não fuja. Mesmo assim, posso me comunicar com vocês por gestos. — Sua voz estava estável, mas notei que ela evitava nos encarar por muito tempo, o nervosismo talvez mais forte do que ela queria mostrar.

Revenge - Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora