15 - What the...?!

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Capítulo 15 - What the...?!

Acordo com um solavanco.

Celas?

Estou no chão frio, meu corpo doendo. Tento me levantar, mas a realidade me acerta como um soco no estômago.

— Não... eu estou... preso?

Que pesadelo horrível.

Balanço as grades, tentando abri-las à força, mas é inútil.

— O que você fez para estar aqui? — pergunta um cara da cela em frente.

— Eu? Nada. Porque isso... não é real. — Solto uma risada nervosa. — Isso é só um pesadelo... Preciso acordar logo.

Deito no chão de novo e fecho os olhos com força, implorando para acordar. Mas, quando os abro novamente, estou no mesmo lugar.

O riso debochado do outro preso ecoa pelo corredor.

— Não... não pode ser. — Corro de volta para as grades e me jogo contra elas, o impacto é doloroso demais para um sonho. Minha mente começa a se despedaçar. Meu corpo fica mole, as mãos tremem incontrolavelmente, e um desespero sufocante toma conta de mim.

— Isso é real...? — Sussurro para mim mesmo, tentando me convencer. — Acorda! — Dou socos no próprio rosto, tentando, de alguma forma, escapar dessa realidade insuportável.

— Cala a boca! — o cara da frente grita, e eu sinto um medo visceral.

Não pode ser... O que aconteceu? Por que estou aqui?

Minhas lágrimas caem sem controle, e a falta de ar vem com uma força que me derruba de novo no chão.

— Ei, algum policial! Por favor, alguém... me ajude! — grito desesperado, mas o corredor está vazio.

— Se você não calar essa merda de boca, na hora da refeição eu vou te fazer em pedacinhos. — a ameaça do mesmo preso ecoa pelos meus ouvidos. Meu corpo entra em colapso total. A crise de pânico me consome, e eu não consigo parar de chorar.

O tempo parece se arrastar enquanto continuo preso nesse pesadelo real. Após horas intermináveis, guardas aparecem no corredor, avisando que é hora da refeição. Um a um, os presos são algemados e levados.

— S-senhor... me ajuda... por favor. — Tento chamar a atenção de um dos policiais que se aproxima, mas ele mantém uma distância segura.

— Sinta-se no lugar das pessoas que você matou. — Ele responde com frieza.

— O quê?! Mas eu nunca matei ninguém! Eu só... só pichei um muro! — minha voz falha.

O policial faz uma cara confusa e consulta o celular.

— Está escrito aqui que você matou sete pessoas, Min Yoongi. E devemos ficar de olho em você.

— Isso é um erro! Eu nunca... nunca matei ninguém! — corro para as grades, mas ele saca um taser.

— Fique calmo. Afaste-se da cela.

— Isso não faz sentido! — Eu grito, sentindo o pânico aumentar.

Os guardas me arrastam para o refeitório, me algemando com brutalidade. Me sinto tratado como um animal.

No refeitório, a comida é nojenta, mas minha fome e dor de cabeça me obrigam a comer o que posso. Um presidiário atira purê na minha nuca, e quando olho para trás, vejo o mesmo cara de antes.

— Tá olhando o quê, merdinha?

A raiva me domina. — Vai se foder! — grito, me descontrolando, mas me calo antes que a situação piore.

Ao final da refeição, tento um último apelo.

— Por favor, me deixa falar com o policial Yugyeom! Isso é um mal-entendido! — minha voz sai em um fio, desesperada. Eu mal consigo acreditar no que está acontecendo.

— Você não vai falar com ele. Nem vai matar mais ninguém. — A frieza na resposta me atinge em cheio, e o choque atravessa meu corpo.

— Matar? Do que você está falando? Eu não... — Antes que eu consiga completar a frase, sou algemado de forma brutal, os pulsos ardendo sob a pressão metálica. Sinto minha garganta apertar. — Eu preciso falar com o Yugyeom! Ou o Mark, ou o Bambam! — Eu grito, tentando desesperadamente ser ouvido. — Por favor! Me deixem falar com eles!

Mas sou ignorado. Ele me empurra rudemente em direção à porta, e eu quase tropeço.

— Eu sou filho dos Min! Vocês os conheciam, eu juro! — Tento segurar o pouco controle que me resta. — Min Yoongi! Vocês sabem quem são os Min, comandantes gerais! Isso é um grande engano, eu não fiz nada!

De repente, o ambiente ao redor parece parar. Os policiais que estavam ocupados voltam a atenção para mim, alguns com expressões confusas e surpresas.

— Como assim...? Eu sei que seu nome é Min Yoongi, mas... filho dos Min? — O policial me encara, parecendo incrédulo.

Antes que eu possa responder, uma explosão de raiva irrompe ao meu lado. Um dos presos, com os punhos cerrados, empurra o policial com força, os olhos faiscando de ódio.

— Desgraçado! Gente do teu sangue me botou aqui! — ele ruge, avançando sobre mim.

O pavor atravessa meu corpo como um arrepio. Meu instinto é correr, mas ele é mais rápido. Suas mãos brutais se fecham ao redor do meu pescoço, e eu sinto o chão sumir sob meus pés. Ele me empurra contra a parede enquanto outros presidiários criam um caos no corredor, atrapalhando qualquer tentativa dos guardas de intervir.

A dor é imediata. O braço dele se enrola em volta do meu pescoço, apertando com uma força implacável. O oxigênio começa a escapar, cada respiração mais curta, mais desesperada. Tento me debater, mas as algemas me deixam indefeso. Sinto meus pulmões queimarem enquanto o ar vira gás carbônico, o mundo ao meu redor começa a escurecer, e os socos vêm de todos os lados, a dor se espalhando pelo meu corpo de uma forma que jamais esperaria sentir.

Eu vou morrer.

Me debato com tudo o que tenho, mas é inútil. Meu corpo começa a ficar fraco, dormente, e a escuridão toma conta enquanto a realidade começa a desaparecer. Minha cabeça lateja, minha visão fica turva.

Então, tudo se apaga.

Revenge - Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora