Revenge - Min Yoongi

5 - Mysterious Girl

Capítulo 5 - Mysterious girl

Estranhei a demora para a porta ser aberta, mas logo fez sentido. Cinco minutos depois, vi o carro do senhor Jung estacionando em frente à casa. Ele saiu do veículo rapidamente e veio na minha direção.

— Yoongi! — Ele disse, me puxando para um abraço inesperado.

— Senhor Jung? Aconteceu alguma coisa? — perguntei, surpreso com a atitude dele, retribuindo o abraço de forma hesitante. Estou preocupado com o que possa ter sido.

— Yoon, sou eu quem deveria perguntar isso. Fui à delegacia assim que o Hoseok me contou que te pegaram, mas, quando cheguei lá, o policial disse que já tinham te trazido para cá e que você teve umas complicações no caminho. Você não sabe o quanto me preocupei! — O senhor Jung falou, soltando o abraço e me olhando fixamente nos olhos. Parecia que aquilo era só o começo da conversa. Ele me guiou para dentro de casa e se sentou ao meu lado no sofá, depois de trancar a porta.

— Eu estou bem — tentei sorrir, mas não consegui. Com tudo que estava passando pela minha cabeça, até fingir um sorriso parecia impossível.

— Yoongi, preciso te pedir um favor, e eu realmente gostaria que você não dissesse não. — Ele suspirou, mantendo o olhar firme em mim. Eu assenti, sentindo a tensão no ar. — Você poderia... hum... se comportar? Não fazer nada que te coloque em perigo ou te leve de volta à delegacia?

Normalmente, eu me irritaria com esse tipo de pedido. Qualquer outra pessoa que falasse isso para mim receberia uma resposta atravessada. Mas com o senhor Jung, eu simplesmente não conseguia. Sabia que ele só queria o meu bem. Era diferente dos outros, que só queriam ter paz, ou pelo menos era assim que eu via.

— Não... tem uma coisa que eu preciso fazer antes. — Suspirei, sentindo um peso nos meus ombros. — Me perdoa.

— Yoongi, por favor, me diga que você não está pensando em machucar alguém relacionado ao caso dos seus pais. Eu não quero que você faça nada desnecessário, nada que te coloque em risco. — Ele estava claramente mais preocupado. — Você me promete? — Ele levantou o mindinho, esperando por uma promessa.

— Senhor Jung... — Cruzei os braços, me sentindo desconfortável. — Me perdoa, de verdade. — Levantei-me, deixando o mindinho dele suspenso no ar. Eu não podia prometer algo que sabia que não conseguiria cumprir. Se visse o Gong na minha frente, eu não teria como me segurar.

Caminhei até o quarto do Hoseok, ouvindo o suspiro frustrado do senhor Jung atrás de mim. Fechei a porta, me sentindo péssimo por tudo aquilo.

— Cara, você estava drogado ou o quê? — Hoseok me encarou assim que entrei. — Como que você não correu naquela hora? De novo você foi "preso". — Ele soava irritado, mas logo suspirou, mais calmo. — Enfim, sorte que seus pais eram da polícia, porque senão você já estaria enjaulado há tempos.

— Aham... — murmurei, me jogando na cama e abraçando o travesseiro. Hoseok voltou a mexer no celular enquanto eu deixava as lágrimas rolarem. E, depois de chorar um pouco, o sono finalmente me venceu.

(...)

Acordo com um puxão insistente no meu pé, e o Hoseok tentando me tirar da cama. Murmuro para que ele me deixe em paz, mas ele continua. O som da voz dele me irrita mais do que o normal hoje. Tudo parece amplificado, como se minha paciência estivesse por um fio, prestes a estourar.

— Puta merda! — solto, sem pensar. — Não consegue me deixar em paz, caralho?! — O grito sai rasgando minha garganta, e logo depois, o arrependimento me atinge. Percebo o quão pesado foi. A culpa já me sufoca antes mesmo de terminar a frase. Não era para descontar nele... mas minha cabeça está tão cheia. Qualquer coisa, por menor que seja, parece o gatilho para explodir.