23 - The Beginning (FINAL)

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Capítulo 23 - The beginning

Passou-se um mês desde tudo isso. Participei de várias operações policiais com o Mark e o Yugyeom, e, juntos, conseguimos trazer a paz para Daegu em diversas ocasiões.

Aos poucos, fui criando laços com quase todos na delegacia, e, pela primeira vez em muito tempo, sinto-me em casa. Essa sensação é nostálgica, quase igual à de quando eu tinha dez anos.

Dois policiais entram no prédio, visivelmente agitados, conversando entre si.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto, curioso.

— Fomos investigar a casa do Bambam para ver se ele tinha algum envolvimento com mais criminosos, e encontramos mais de 3 milhões de reais escondidos em vários lugares: atrás do guarda-roupas, dentro da geladeira e até debaixo do piso! Reviramos tudo. É surreal.

— Três mi... você está falando sério? — pergunto, sem acreditar.

— Sim, já encaminhamos mais da metade para o Governo. Com esse tanto de dinheiro envolvido, a sentença dele vai aumentar se ele não tiver uma boa defesa no júri.

Eles saem, ainda conversando animadamente, provavelmente indo espalhar a notícia. Eu respiro fundo, tento me concentrar e preparo um chocolate quente antes de voltar à pilha interminável de papéis que o Yugyeom pediu para eu resolver. É tanta burocracia que parece não ter fim.

Enquanto estou concentrado preenchendo os relatórios, algo me chama a atenção. Sinto uma presença e, quando levanto a cabeça, dou de cara com Dae, tão próxima que seu rosto está embaçado na minha visão. Levo um susto, recuando com a mão no peito, sentindo o coração disparar.

— O que você está fazendo aqui? Que susto, Dae! — digo, tentando me recompor.

— Que exagero, Yoongi... — Ela faz uma cara de emburrada. — Eu só vim fazer uma visitinha ao Gong Yoo.

— Você nem o chama mais de pai? — pergunto, curioso.

— Por que deveria? Ele não merece. — Ela dá de ombros, claramente desprezando a ideia.

— Faz sentido... Bom, o Jongdae vai te acompanhar até a sala onde ele está. Ele é gente boa. — explico.

Pego o telefone da delegacia e ligo para a ala presidiária.

— Jongdae, uma amiga minha quer ver o Gong Yoo. Pode acompanhá-la? — pergunto, e ele confirma, embora com uma ponta de curiosidade. Desligo o telefone antes que ele me faça mais perguntas e me volto para Dae, que parece um pouco hesitante.

— Vamos, Dae. — Seguro sua mão, tentando passar confiança.

Caminhamos até a ala do Jongdae, que se aproxima com uma expressão de surpresa ao nos ver.

— A filha do Gong Yoo? — Ele pergunta, arregalando os olhos.

— Sim, mas ela é minha amiga, está tudo bem. — digo com firmeza, olhando para Dae, que retribui com um sorriso.

— Entendi... Vou acompanhá-la, então. — Jongdae ainda parece um pouco chocado, mas concorda.

Antes que ela vá, seguro delicadamente sua nuca e deixo um beijo em sua testa, tentando confortá-la.

— Vai ficar tudo bem. — digo suavemente.

— Tá bom. — Ela acena, e eu a vejo partir com Jongdae antes de voltar aos meus intermináveis relatórios.

Dae Yoo's POV

Eu só vim porque precisava dar um recado para ele. Se não fizesse isso, me arrependeria pelo resto da minha vida.

Revenge - Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora