*Data:(28/02/2017); Localização: A Comunidade do Amanhã.
Passamos o restante daquele dia montando um plano pra derrotar o Sanguessuga, então estudamos cada uma das habilidades que Sanguessuga conseguiu copiar, além das de seus capangas mais perigosos, como um mutante com raios paralisantes, ou outro que era uma bomba incendiária ambulante. Nós também nos atualizamos de todas as notícias que tínhamos relacionado a ele, como recrutamento de novos membros, atitudes do governo depois que ele se expôs em rede nacional com várias ameaças, etc.
Depois disso nos organizamos para o dia seguinte e então eu, Sonar, Coronel e Olga, uma integrante do Conselho com poderes telecinéticos, fomos até a casa do governador do Rio, e fizemos um acordo com ele: Nós cuidaríamos do Sanguessuga e em troca ele deixaria a Comunidade em paz. O governador, apesar de negar com todas as letras que era um dos responsáveis pelos ataques na Comunidade, aceitou o acordo, aliás ele parecia estar até muito feliz porque aquele ciberterrorista seria pego. Então combinamos tudo com ele sobre evacuar discretamente a região do esconderijo dele, um esconderijo para nós, entre outras coisas, e voltamos para a Comunidade, para tentar descansar. Eu fui para um quarto de uma cabana vazia que o Coronel deixou disponível para mim e para os meus amigos. Minha cabeça estava muito cheia e eu não conseguia dormir, então resolvi ouvir música até que o sono chegasse, se chegasse.
Acordo depois de um cochilo de meia-hora, meu celular estava tocando Warriors do Imagine Dragons. Olho para tela e vejo que era 07:30h, o horário que o pessoal que ficou em Guará disse que poderia vir. Me levanto com certa dificuldade, já que eu dormi menos de três horas, vou no banheiro e coloco o uniforme, depois saio do quarto e vou até a cabana do Coronel junto dos meus amigos. Chegando lá encontramos Portal junto Stelfie e os outros, além de Nataly, Coronel, Lena, Edu e os outros membros do Conselho.
Depois de matarmos rapidamente a saudade dos nossos amigos e os apresentamos para o Conselho, nos voltamos para o problema: Sanguessuga.
- Coronel, está tudo resolvido?;- Sonar pergunta.
- Sim, estamos prontos;- Coronel responde olhando para o Conselho.
- Pessoal?;- Sonar pergunta para nós.
- Prontos;- Stelfie diz dando um jóinha.
- Espectro, tem certeza disso?;- Sonar me pergunta.
- Absoluta;- Respondo.
- Então é hora do show galera;- Titã diz se alongando e bocejando.
- Peraê, e o café da manhã?;- Trovão pergunta assustado.
- Não se preocupe, comeremos algumas barras de proteína no caminho;- Olga lhe diz.
- Mais uma pergunta? Não, né, então vamos;- Nataly diz impaciente.Eu vôo o mais rápido possível pela cidade, localizo até que rápido o lugar que Nataly disse que era o esconderijo do Sanguessuga. Ele e uma dúzia de mutantes atrás dele estavam lá me esperando no telhado.
- Muito bem, veio sozinho aparentemente, por essa não esperava;- Sanguessuga diz sorrindo.
- Vamos resolver isso de uma vez, Sanguessuga. Liberte logo nossa família e desista desse plano idiota, e eu não te machuco, não muito;- Eu digo acendendo as mãos com os olhos faiscando.
- Que ameaçador, deu até calafrio na espinha;- Ele responde rindo;- Achei que viria com aquele papo de "Ainda há esperança pra você e blá, blá, blá".
- Você já teve várias chances de melhorar, chances até demais pro meu gosto.
- Bem lembrado. Mas vamos fazer o seguinte: Nós vamos lutar, só nós dois, daí depois de te matar eu liberto todo mundo e, de quebra os deixou em segurança em quanto mudo o mundo. É um excelente plano não acha?
Então faíscas elétricas verdes começam a sair de suas mãos enquanto ele sorri.
- Cortesia dos poderes dos seus amigos;- Ele diz.
- Bom, pelo menos assim as coisas ficam equilibradas.
- Piadas nunca foram seu forte Davi;- Ele diz rindo, depois faz um sinal para os outros mutantes se aproximarem mais;- Mas é esperto o bastante pra saber que está em menor número. Bem menor aliás.
Eu fico parado ali por alguns segundos, minha vontade era dar uma surra em todos, mas eu não era o Chuck Norris e tinha um plano a seguir. Um plano que me obrigava a dançar na música dele.
- Vamos lá então;- Eu digo me preparando para lutar. Sanguessuga faz um sinal e seus capangas se afastam e um deles põe uma câmera em um tripé.
- Pra posteridade;- Sanguessuga diz e cria quatro clones seus que ficam ao seu lado.
Então os cinco me atacam com raios elétricos, que escapo criando um campo de força em forma de doma. Eles começam a correr ao meu redor usando super-velocidade, dando socos no campo de força sem parar.
- Anda, Espectro, lute! Ou continua aquele mané metido a pacifista de sempre?;- Eles dizem em uníssono.
Eu faço o campo de força se expandir rapidamente, se transformando em uma onda de choque que os atinge e os joga longe.
- Tô só me aquecendo;- Eu digo acumulando energia nas palmas das mãos, então jogo várias rajadas neles, não deixando que se levantem. Um deles foge se teleportando e os outros viram fumaça.
- Buu!;- Sanguessuga grita caindo em cima de mim e me dando um soco, depois se teleporta de novo.
Começo a me levantar mas ele reaparece e dá um chute incrivelmente forte na minha barriga, me jogando para o alto, enquanto eu ainda estava no ar ele segura minha perna e me joga no chão com força, abrindo uma pequena cratera no chão e quebrando minha perna. Eu começo a rastejar para fora da cratera enquanto ele ri, crio uma espécie de bota para proteger a perna quebrada e continuar lutando.
- É só isso que tem?;- Eu digo e uso minha energia para me dar propulsão, então vôo até o Sanguessuga, dou um soco em seu rosto e o jogo com tudo de volta ao telhado.
- Chega, cansei;- Ele grita e cria dúzias de clones ao seu redor, que começam a flutuar e soltam eletricidade das mãos com raiva. Eu não consigo deixar de dar um sorriso, o plano estava funcionando.
Eu vôo rapidamente até aquele exército, que também voa até mim. Luto e me defendo deles o melhor que posso, mas não demorou muito para eles me derrotarem. Pouco depois sou jogado em cima do esconderijo pelo Sanguessuga original, que desfaz os outros.
- Foi divertido;- Ele diz me segurando pela parte de trás da cabeça e me arrastando pelo telhado;- Melhor que aquelas brincadeiras que minha mãe me obrigava a brincar com vocês por eu não parecer "normal".
- Todo mundo sabia que cê era diferente, não batia bem mesmo, coitadinho;- Eu digo rindo com dificuldade para provocá-lo. Ele me segura pelo pescoço com a outra mão, me deixando bem longe do chão.
- Eu sempre fui melhor que todos vocês, mas como não me entendiam vocês me deixavam de canto, o estranho, esquisito, excluído. Agora olhem pra mim, deixarei minha marca no mundo.
- Ah vai te catar, vai falar isso pra mim é? Cê nunca fez questão de se enturmar, pelo contrário. Maltratava e enganava todo mundo que podia, até a vó cê tratava mal. Cê escolheu se excluir babaca, não venha se justificar assim;- Eu digo mostrando o dedo do meio para ele e tentando não me afetar pela mão dele me estrangulando.
- Engraçado você falando de confiança, seus amigos também te enganam e você nem desconfia. Mas isso não importa agora. A única coisa que importa é que agora eu tenho tudo que preciso pra ter o que sempre quis, poder. Se pra isso eu tenho que machucar ou matar algumas pessoas e me tornar o adolescente mais procurado do mundo no momento, paciência;- Ele diz levantando os ombros. De repente ele para e fica pensativo por alguns minutos;- Espera aí, cê tá me provocando?
- Espectro, conseguimos resgatar sua família e a da Chip. Já saímos do prédio e avisamos os outros, já devem tá chegando;- Diz Stelfie por um nano-fone no meu ouvido, emprestado do Coronel e seus incríveis amigos.
Segundos depois uma barulheira começa, como uma tempestade vindo de longe, mas logo dava para identificar o barulho como gritos de guerra. Ele me larga no chão e vai até a beirada do telhado junto dos capangas, e todos ficam paralisados vendo o exército de mutantes vindo.
- Opa, acho que seu plano caiu no fundo do esgoto;- Eu digo me levantando do chão ofegante;- Entendido Stelfie, deu pra notar. Desligando;- Eu digo respondendo por um nano-comunicador dentro da minha luva direita. Depois pulo e dou um chute na cara de Sanguessuga, quebrando o chão nos fazendo cair até o andar de baixo.
- Cê não tava se divertindo? Então vamos ver se gosta disso;- Eu digo pulando em cima dele e dando uma série de socos em seu rosto. Ele se teleporta atrás de mim, mas o acerto com minhas rajadas saindo dos olhos;- Essa já tá velha demais.
- Acho que vou ter que me esforçar mais então;- Ele responde criando outro exército de clones, só que bem maior que antes, me deixando totalmente cercado;- Que tal agora?
Então eles fazem um ataque em conjunto, usando todos os poderes disponíveis, que não eram poucos. Crio uma espécie de aura de elétrica explosiva ao meu redor, explodindo todos os clones que me atacavam, até que encontro o verdadeiro Sanguessuga e o ataco, mas ele consegue se defender correndo rapidamente para o outro lado daquela sala. Acho que nós dois sabíamos que aquilo iria demorar.
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Guerreiros Vol.01
AventuraDavi Ramos Vieira tem 15 anos e é um nerd comum, vivendo uma vida tranquila em uma Terra similar a nossa, até que ele e outras milhares de pessoas em todo o mundo começam a manifestar poderes de uma forma inexplicável, sendo intitulados Mutantes. Ag...