Capítulo 11 - "Você Não É Pai!"

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Mônica

Fomos Cebola e eu até minha casa de mãos dadas, meu coração palpitava como se fosse sair pela minha boca, o nervosismo estava tomando conta de mim, até então eu não havia conversado com meu pai desde que ele tinha decidido dar o bebê para a adoção, de qualquer forma, espero que ele e o Cê se acertem.

Chegamos na minha casa, e ao entrar meu pai estava no sofá, minha mãe sentada ao seu lado, ela me olhou e ficou paralisada ao ver Cebola entrando atrás de mim, meu pai logo pegou o controle e desligou a televisão e parou seriamente olhando fixo para o Cê sem dizer uma só palavra, porém sua expressão de "e ai? O que vai fazer?" Já dizia tudo.

- Seu Souza, eu vim aqui, para dizer que eu vou assumir o bebê com a Mônica. - Meu pai deu uma rizada fraca, e fez uma cara de desdém.

- Meu jovem, me diga uma coisa, como você espera cuidar de uma criança, se você mesmo nem se cria? Me diga..

- Pai! Não fale assim! - Tentei intervir mas Cebola apertou um pouco minha mão como se me pedisse para não falar nada.

- Vocês estão agindo como tolos, aliás agem como tolos desde que não se cuidaram e fizeram essa criança, olha minha decisão é minha decisão, e vou dar esse bebê para a adoção!

- Com todo respeito senhor, mas não vou permitir que tire meu filho de mim!

- Esse filho também é da Mônica, e ela é minha filha, e enquanto ela viver debaixo do meu teto, ela fará exatamente o que eu quiser.

- Então eu vou pra Itália com o Cebola! Terei meu bebê lá!

- VOCÊ NÃO VAI PRA CANTO NENHUM! - Meu pai me puxou e me afastou do Cebola - VOCÊ VAI FICAR BEM AQUI! NADA DE IR PRA ITÁLIA! E VOCÊ CEBOLA VÁ EMBORA! ESQUEÇA A MÔNICA! E ESQUEÇA QUE VOCÊS TIVERAM UM FILHO! VOCÊ NÃO É PAI CEBOLA!

Percebi o Cebola se embravecer, sua feição fechou, seus punhos apertavam tanto que podia ver suas mãos tremendo com a força que ele fazia para se acalmar.

- Seu Souza, poupe a Mônica, no estado que ela está, não pode ter stress, não prejudique o bebê.

- Querido! Ele está certo - Minha mãe se levantou do sofá tocando os ombros do meu pai - Deixe isso...

- Já para o seu quarto - Ele me olhou bravo, tirei meu braço com força de suas mãos e subi - E você! Vá embora! Vá para a Itália e fique longe.

Cebola

Saí da casa da Mônica admito que muito mal, mas também pudera, depois de ter sido humilhado como fui, e pensar que estou sendo afastado da mulher que amo, e agora do meu filho! Não posso permitir uma coisa dessas!

- CEBOLA! CEBOLA! - Me virei ao escutar alguém me chamando ao fim da rua, ao olhar vi a Dona Luiza (Mãe da Mônica) vir em minha direção.

- Olha Dona Luiza, me desculpe, mas acho que vocês estão cometendo um...

- Leve a Mônica para a Itália!

- O que?!

- Leve-a para a Itália, tenham seu filho lá! Quero o melhor para minha filha, não se preocupe ajudarei vocês com o máximo que eu puder, darei assistência financeira todo mês, mas leve-a, eu vou sair com o Souza daqui a pouco, busque a Mônica em casa, e vá! E cuida da minha filha e do meu neto!

- Não se preocupe Dona Luiza, eu vou cuidar deles!

- Então vá! Daqui a uns minutos estaremos fora de casa.

Amor de OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora