Capítulo 40 - A Explosão

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Pov. Cebola

Olhei para trás assustado enquanto seu Souza estava caído do chão murmurando de dor com uma lança de pesca fincada em seu braço esquerdo.

- C-como? - perguntei confuso ao Cascão.

- Ouvimos o tiro lá de fora, essa lança estava encostada num barco, foi a única defesa que eu achei.

- Você foi louco de entrar aqui sabia? - falei rindo

- Tive mais medo de ter perdido meu irmão.

O abracei

- Eu tô bem, eu tô aqui.

- Agora vamos vasculhar esse barco atrás do Matteo e da Dona Luísa! - Cascão chegou perto do Seu Souza que ainda estava caído no chão.

- Infeliz - disse ele revoltado.

- Agradeça que eu não acertei sua cabeça. Agora me diz, cadê o Matteo e a dona Luísa?

Seu Souza respirou fundo tentando falar.

- Eu não vou dizer nada - ele estendeu a mão para pegar o dispositivo que ativava os explosivos mas logo que vi corri e tomei em minhas mãos.

- Vocês vão se arrepender do que estão fazendo! - disse Seu Souza.

- Fica aqui Cascão, eu vou olhar lá em baixo - avisei.

Desci para o andar inferior do barco e escutei alguns murmúrios próximos a mim.

- Dona Luísa? - ouvi murmúrios mais altos. Corri até uma porta que estava trancada. - A senhora está ai?

- Cebola! - ela gritou

- Calma, fica calma! A porta está trancada, vou tentar arrombar! - me afastei um pouco - Vou tentar agora - corri e chutei a porta que abriu logo em seguida e encontrei Dona Luísa num quarto com o Matteo nos braços que chorava assustado pelo barulho do chute. Nos cantos do quarto tinham umas caixas pretas que foquei logo meu olhar. - São...

- Explosivos - completou dona Luísa - cadê o Souza?

- Impedido de fazer qualquer coisa. - respondi - vem com o papai, vem - peguei o Matteo nos braços - Ei filho, tô aqui, calma, calma. Vamos sair daqui! - dona luísa concordou com a cabeça.

Corremos para o andar de cima e Cascão ainda estava lá com seu Souza já sentado numa cadeira com a lança ainda no seu braço.

- Vamos embora Cascão - falei.

- E o que fazemos com ele?

Seu Souza olhou com ódio para mim.

- Deixa ele aí - respondi com desdém e frieza olhando para ele em resposta do seu olhar para mim.

- Não acredito que você vai deixar esse cara aqui solto! Vamos pelo menos chamar a polícia.

Respirei fundo.

- Certo, então você leva as meninas para casa junto com o Matteo, e eu fico aqui esperando a polícia.

- Não vou te deixar sozinho!

- Vai ficar tudo bem, pode ir. - confrmei entregando Matteo nos seus braços. - Cuida do teu sobrinho.

Ele confirmou com a cabeça e saiu do barco junto com a Dona Luísa.

- Eu devia ter acabado com você quando tive chance - falou seu Souza.

- Nem num momento como esse você consegue ter a mente no lugar... - respondi. - Acabou Souza - Peguei o celular e liguei para a polícia mas antes de completar a ligação ele pegou algo nas mãos.

Amor de OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora