Pov. Cebola
Olhei para trás assustado enquanto seu Souza estava caído do chão murmurando de dor com uma lança de pesca fincada em seu braço esquerdo.
- C-como? - perguntei confuso ao Cascão.
- Ouvimos o tiro lá de fora, essa lança estava encostada num barco, foi a única defesa que eu achei.
- Você foi louco de entrar aqui sabia? - falei rindo
- Tive mais medo de ter perdido meu irmão.
O abracei
- Eu tô bem, eu tô aqui.
- Agora vamos vasculhar esse barco atrás do Matteo e da Dona Luísa! - Cascão chegou perto do Seu Souza que ainda estava caído no chão.
- Infeliz - disse ele revoltado.
- Agradeça que eu não acertei sua cabeça. Agora me diz, cadê o Matteo e a dona Luísa?
Seu Souza respirou fundo tentando falar.
- Eu não vou dizer nada - ele estendeu a mão para pegar o dispositivo que ativava os explosivos mas logo que vi corri e tomei em minhas mãos.
- Vocês vão se arrepender do que estão fazendo! - disse Seu Souza.
- Fica aqui Cascão, eu vou olhar lá em baixo - avisei.
Desci para o andar inferior do barco e escutei alguns murmúrios próximos a mim.
- Dona Luísa? - ouvi murmúrios mais altos. Corri até uma porta que estava trancada. - A senhora está ai?
- Cebola! - ela gritou
- Calma, fica calma! A porta está trancada, vou tentar arrombar! - me afastei um pouco - Vou tentar agora - corri e chutei a porta que abriu logo em seguida e encontrei Dona Luísa num quarto com o Matteo nos braços que chorava assustado pelo barulho do chute. Nos cantos do quarto tinham umas caixas pretas que foquei logo meu olhar. - São...
- Explosivos - completou dona Luísa - cadê o Souza?
- Impedido de fazer qualquer coisa. - respondi - vem com o papai, vem - peguei o Matteo nos braços - Ei filho, tô aqui, calma, calma. Vamos sair daqui! - dona luísa concordou com a cabeça.
Corremos para o andar de cima e Cascão ainda estava lá com seu Souza já sentado numa cadeira com a lança ainda no seu braço.
- Vamos embora Cascão - falei.
- E o que fazemos com ele?
Seu Souza olhou com ódio para mim.
- Deixa ele aí - respondi com desdém e frieza olhando para ele em resposta do seu olhar para mim.
- Não acredito que você vai deixar esse cara aqui solto! Vamos pelo menos chamar a polícia.
Respirei fundo.
- Certo, então você leva as meninas para casa junto com o Matteo, e eu fico aqui esperando a polícia.
- Não vou te deixar sozinho!
- Vai ficar tudo bem, pode ir. - confrmei entregando Matteo nos seus braços. - Cuida do teu sobrinho.
Ele confirmou com a cabeça e saiu do barco junto com a Dona Luísa.
- Eu devia ter acabado com você quando tive chance - falou seu Souza.
- Nem num momento como esse você consegue ter a mente no lugar... - respondi. - Acabou Souza - Peguei o celular e liguei para a polícia mas antes de completar a ligação ele pegou algo nas mãos.
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Amor de Outono
Roman pour AdolescentsMônica e Cebola, o casal mais aclamado do bairro do limoeiro, no auge de seu namoro, sofrem com problemas além do que imaginam suportar, levando nosso caro Cebola a uma viagem distante de seu amor, podendo causar uma alteração na vida de outro ser...