Perversa

1. Iguais

SEM REVISÃO!

****

Camila.

— Você pode sentar mais devagar, por favor? — escutou a voz ofegante e rouca do garoto em seu ouvido, então sorriu antes de morder sua mandíbula.

— Como você quiser. — diminuiu o ritmo, se deliciando com a face tensa e prazerosa que seu acompanhante tinha. — Me diga o que você quer fazer, sou sua garota hoje.

— Droga... Você é muito boa, Camila. — murmurou, suas mãos perdidas nas curvas bem feitas e delineadas.

— Eu sei, querido. Eu sou mesmo. — ela mal fazia ideia de qual era o nome do rapaz que tinha chamado para sair naquela noite de quinta-feira, mas estava transando com ele e, até agora, estava sendo ótimo.

Camila Cabello era o terror de Miami.

E agora, após ser admitida a três anos na NYU, se tornou o terror de New York.

Nunca fora de ter relacionamentos duradouros, nunca gostou disso. Achava desnecessária a necessidade de se prender a alguém.

"namoro" era sinônimo de hipocrisia para Camila.

Era o sonho dos adolescentes pervertidos da faculdade, a causadora de caos aonde passava; embora fosse uma doce pessoa, por dentro. Andava sempre com um gingado invejável, a pose de uma jovem egocêntrica e travessa era o que ela carregava.

Com Camila, o sexo era ótimo.

A amizade era ótima.

As carícias eram ótimas.

Mas o amor era inexistente.

E, por mais que fosse um pedaço de mau caminho, também era, conscientemente e secretamente...

A filha do Batman.

Assim que o garoto atingiu o clímax, ela sentou no banco ao seu lado, e quando o acompanhante tentou beijá-la apaixonadamente, ela fez uma careta de nojo e empurrou-lhe para longe. Agora, após satisfazê-lo, ela só queria ir para casa.

Gregory Johnson ligou a caminhonete vermelha, um tanto confuso, e a levou até sua residência. Uma semana atrás, ele a procurou e disse que gostava dela – escondendo os sentimentos mais profundos para que a mais velha não se assustasse – e a mesma sorriu e lhe chamou para sair. Hoje, eles haviam transando no carro, em uma rua escura do Brooklyn, assim que Gregory a buscou no prédio perto do Central Park. Não foram ao cinema ou em uma sorveteira.

Camila não era dessas, ela odiava filmes e sorvetes.

Subiu pelo elevador, até o 1567 andar, e abriu a porta abruptamente. Não se despediu do garoto quando o mesmo a deixou na porta, apenas agradeceu pela carona e foi-se embora. Se jogou na enorme cama de seu quarto e buscou seu celular, na bolsa que levara consigo no "encontro".

— Pode começar a contar como foi com o Johnson.

— Não te liguei para falar sobre isso, Agustín! Mas já que perguntou, horrível! Eu nem sequer gozei.

Agustín Stone era seu melhor amigo desde que se entende por gente. Sabia sobre quase tudo da garota e era o rapaz mais próximo da mesma. Porém, era caído de amores por Juliet Watson, o que Camila achava totalmente tolo

— Você nunca goza, Camila. Isso leva a morte, sabia?

— E daí? Não tenho culpa se nenhum deles me leva ao prazer extremo. — revirou os olhos.