SEM REVISÃO.
prestem atenção, é isto.
***
Nova Iorque, 23 de Agosto.
Cemitério.
Os olhos cansados encaravam o túmulo por volta de meia hora, o vento frio das 16h da tarde faziam os fios soltos do cabelo que escapavam do chapéu voarem. Vestido em um terno social, cobrindo o corpo magro de forma suave.
Ele estava bastante elegante para rever um velho amigo.
Mesmo que naquelas circunstâncias.
— Flores mortas para um homem morto. — ele disse, a voz rouca e fraca, jogando um buquê de rosas murchas sobre o gramado, encarando a lápide. — Parece bem justo para mim. Você não acha? — o vento soprava e balança as bordas de sua roupa, as folhas secas do outono colorindo o lugar mórbido e silencioso. — Acho que finalmente estou ficando louco de verdade. — ele riu, baixo. — Afinal, estou falando com um pedaço de cimento esperando que quem está abaixo dele me responda. — seu semblante tornou-se sério demais, o maxilar trincado e os ombros tensos. — Você pode me responder, Bruce?
— Você deveria parar de visitá-lo. — outra voz, feminina, desviou sua linha de raciocínio, o fazendo olhar para trás de maneira ranzinza. — Não faz bem conversar com espíritos.
— Há não ser que você seja um. — sorriu, observando a mulher bem vestida aproximar-se com um ramo de rosas brancas em mãos, colocando junto de suas rosas vermelhas e mortas. — Por que trouxe rosas vivas? Não faz sentido.
— Ele ainda vive em minha memória e sempre viverá em meu coração. — ela respondeu, juntando as mãos frente ao corpo enquanto ele colocava as suas nos bolsos da calça social.
— Umpft! Você fala como se o amasse. — resmungou, negando com a cabeça.
— E eu o amo, talvez não tanto quanto você, mas amo. Ninguém ama o Batman mais que você, afinal, não é, Joker? — ela disse ácida, ele a encarou com desdém, sorrindo de canto.
— Olá, Sinuhe.
— Olá, querido. — ela respondeu, cínica.
O silêncio então prevaleceu por alguns instantes, o céu nublado anunciando que uma tempestade estava por vir. Era impressionante como dois astros como eles podiam se manter em um mesmo espaço se gerar uma guerra. Bom, seria, se Joker não tivesse a boca tão grande.
— Deveria alertar a Liga que eu estou vivo, não acha? — disse, sem olhá-la, suas pupilas concentradas na lápide.
— Por que eu faria isso? — ela perguntou, fazendo o mesmo que ele. O maior franziu as sobrancelhas e riu esnobe.
— Ora, talvez porque eu sou um dos maiores super vilões que o mundo já viu? — falou como se fosse óbvio, gargalhando.
Sinuhe continuou apática.
— Batman não está vivo, você não é um perigo sem ele aqui. — ela deu de ombros. Ele parou de rir e pensou um pouco, concentrando-se novamente na lápide, resmungando em baixo tom e balançando a cabeça de um lado para o outro.
— É, você tem razão. — encarou o céu, comprimindo as pálpebras, lembrando de algo muito importante de repente. — Você já contou à Camila?
Sinuhe se moveu desconfortável e pigarreou um pouco, tendo a atenção de Joker para si. Os grandes olhos verdes a observavam confusos.
— Você não contou à ela?! — esbravejou, com o semblante totalmente perplexo. Sinuhe respirou fundo e fechou os olhos por alguns segundos.
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Perversa
FanfictionJoker e Harley Quinn são o casal mais famoso dos Estados Unidos, e mais procurado também. Em uma tarde de sexta-feira, no meio de um arrastão, a criminosa mais sensual e louca de todas acaba encontrando uma criança, nos bancos traseiros do carro de...