Perversa

33. nothing is as it seems.

SEM REVISÃO.

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– Espera... Eu ouvi direito? – Joker sorriu, nervoso, colocando as mãos na nuca.

– Se me ouviu pedindo ajuda para minha morte, então sim, você ouviu certo. – o rapaz robusto à sua frente tornou dizer, convicto.

– Que merda você está dizendo, Bruce? Eu nunca mataria você! – confessou em um grunhido, Bruce suspirou.

– Eu sei.

– Então por que diabos está pedindo minha ajuda? Que merda é essa?

– Soube que você adotou uma criança nos últimos tempos... – Joker estremeceu ao ouvir a menção de sua criança no assunto, movendo os ombros e franzindo a testa.

– Lauren... O que tem ela?

– Lauren será minha assassina.

Joker negou com a cabeça, andando de um lado para o outro pelo escritório abafado com ideias estúpidas. Diria para Bruce redecorá-lo depois.

– Você só pode estar brincando se acha que vou atormentar o crescimento da minha filha fazendo ela escolher um caminho que é meu. Lauren não será uma vilã ao menos que ela queira isso!

– Sei, sei. Não importa. Eu preciso que ela atire em mim.

– Certo, supondo que ela cresça e em algum momento siga meus passos, o que te garante que ela atiraria em você?

– Eu tenho um plano

***

Camila franziu o cenho enquanto Lauren ainda beijava seu pescoço, completamente confusa. Colocou suas mãos nos ombros dela e a afastou, sem entender.

— Lauren, o que exatamente você pensa que está fazendo? — questionou, sem entender.

— Ora, estou fazendo o que você queria que eu fizesse. — ela riu, tentando voltar a beijá-la, mas Camila a impediu.

— Há 15 segundos atrás, você estava discutindo comigo sobre achar que isso não está certo por não sermos mais as mesmas e por você não se sentir confortável. Então que merda você pensa que está fazendo beijando meu pescoço assim, de repente? — Lauren a encarou por alguns instantes, engolindo em seco.

— Desculpe, ok? — a maior cruzou os braços. — Eu só- Camila, até mês passado a hipótese de ver você de novo era inexistente. Eu não sei como agir, se passaram sete anos e não sete dias e eu mudei! Você também! Eu não sou mais a mesma mas não quero te ver indo embora. Entende? Eu só- Eu não sei! — ela gesticulava com uma das mãos, seus olhos cheios de pesar.

Camila respirou fundo.

— Me desculpe também, acho que estou sendo uma incoveniente. — Ficaram em silêncio por segundos que pareceram uma eternidade, até Camila voltar a falar: — Por um bom tempo, me convenci de que você estava morta. — riu sem humor. — Não tinha notícias suas, não sabia onde estava ou como estava. Tente entender o meu lado, por sete anos sustentei a única imagem que conhecia de você. Houve uma época que eu sequer sabia mais como era o seu rosto! Estou tentando me adaptar.

Lauren suspirou, colocando as mãos na cintura. Um trovão soou no céu, as gotas de chuva batendo forte nas janelas do apartamento.

— Por favor, fique até a chuva passar. Vamos conversar. Eu quero saber de você. — ela pediu, e Camila não sabia mais como negar.