Perversa

11. Stay

SEM REVISÃO

leiam as notas finais, é importante..

***

Os cabelos ondulados se moviam agitados enquanto Camila caminhava animada até o antigo conhecido, os olhos de Lauren cerrados por não entender. Estava completamente curiosa. Por que a prole de Batman havia ficado tão feliz?

— Quem é ele? — perguntou para ninguém em específico na mesa, vendo todos os pares de olhos a encararem.

— Shawn Mendes. — Agustín falou, com um tom de desgosto. — Ele foi o quase namorado de Camila no ano passado. — o maxilar da maior travou e seus ouvidos pareceram se atentar mais no que o loiro à sua frente dizia. — Céus, Camila tem um tesão enorme por ele. Eles dois são extremamente insuportáveis quando estão juntos.

— Por que? — perguntou novamente, já imaginando que deveria tomar providências. Nada poderia atrapalhar o plano.

— É como se eles fossem tirar suas roupas e transar a qualquer momento. O clima entre eles deixa qualquer um desconfortável. — Hermione respondeu, vendo Cabello ao longe, aos abraços com o canadense.

— O engraçado é que eles nunca foderam. — Stone riu. — Nunca deu certo, sempre aparecia algum empecilho quando eles marcavam. Afinal, ano passado Camila estava bastante ocupada com as coisas do RC e ele tinha os negócios do pai dele para resolver.

— Talvez esse ano role. — Diana comentou, mexendo no celular e digitando algo com pressa.

— Sim. Eu não queria, porque ele deixa ela em um nível de vadia que eu não reconheço, mas é o que ela quer, então eu só posso apoiar. — Agustín suspirou pesadamente, como se algo muito pesado estivesse em seus ombros agora.

Lauren não conseguia desviar o olhar do ser branco de madeixas escuras. Algo lhe dizia que muitos acontecimentos ainda estavam por vir, e isso a fazia trincar o maxilar.

Que os jogos comecem.

Terça feira

24 de fevereiro

Respirou fundo antes de bater na grande e assustadora porta negra do escritório de seu pai, o pequeno e inocente coraçãozinho palpitando de ansiedade e medo.

Ajeitou o broche de morcego de ouro cravado em sua camiseta, os cabelos e a saia rosé quando ouviu um "entre" abafado vindo do outro lado, engolindo em seco e girando cuidadosamente a maçaneta com uma das mãos, a outra segurava o enorme urso que tinha desde o nascimento. Presente de seu pai.

Lá estava ele, como sempre. Movendo papéis de um lado para o outro, com seus óculos de lentes quadriculadas e astes escuras. Os cabelos negros e, na maioria das vezes, bem arrumados agora encontravam-se bagunçados, uma mecha caindo sobre seu rosto.

Bruce Wayne.

Aproximou-se da mesa larga e, para uma criança de oito anos, gigante. Ela moveu inquieta seus dedinhos, colocando o cabelo para trás da orelha, gesto que herdou dele.

— Papa... — chamou, mas ele nada disse, concentrado demais em outras coisas do que na própria filha.

— Papa... — chamou pela segunda vez, sentando-se na poltrona felpuda frente a mesa dele. O homem continuou ocupado demais com assinaturas, imagens, pistas e carimbos.

— Papai! — berrou, e só então ele ergueu seus grandes olhos azuis para ela, escutando-a. — Ahm, uh- É que... Será que o senhor teria um tempinho para me ouvir?